Somos o que São os Nossos Ideais - Meditação
Não julgues o homem só pelo que ele é – julga-o antes pelo que desejaria ser.
Melhor que a fortuita realidade caracteriza o homem a espontânea liberdade do seu ideal.
Pode a realidade ser o corpo da nossa vida – mas o ideal é a alma do nosso ser.
Quantas vezes não é a realidade filha dum inconsciente dever – mas o ideal nasce sempre dum consciente querer.
Mais vale a espontânea liberdade que a dura necessidade.
Todo homem é aquilo pelo que vive e trabalha, luta e sofre – e não aquilo que o domina e oprime.
Quando Jesus encontrou, nos caminhos da sua peregrinação terrestre, aquela “pecadora possessa de sete demônios”, não lhe perguntou o que fora, mas sim, o que queria ser.
Imensamente triste era aquilo que Madalena fora – divinamente belo o que ela queria ser – e já era.
E o Nazareno lançou ao olvido o passado da pecadora, em atenção ao presente da convertida – e descerrou à santa as portas do futuro...
Não há ontem tão pecador que o hoje do amor não possa converter num amanhã de santidade.
Não há satanás que resista à vontade humana aliada à graça de Deus.
Rendeu-se o orgulho de Saulo, capitulou a luxúria de Agostinho ante a ofensiva dum grande idealismo.
por H. Rohden (De Alma para Alma)
Postado por Roberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário