quinta-feira, 8 de julho de 2010

EU NÃO MAIS ME LEMBRAREI DE SEUS PECADOS...

Eu Não Mais Me Lembrarei de Seus Pecados... 

A santidade é alcançada somente por meio de uma experiência de revelação com a graça de Deus.

REMOVENDO AS BARREIRAS CAUSADAS PELO PECADO 

Você já teve um amigo muito próximo, a respeito de quem tivesse feito críticas a uma outra pessoa? Quando estiveram juntos nova­mente, você notou algo artificial em seu relacionamento? Você não foi tão aberto nem tão honesto com ele. Por causa do seu pecado, passou a existir uma pequena, mas perceptível distância entre vocês. Embora você deva estar envergonhado pelo que fez, se não expressou seu arrependimento, começou de fato a evitar aquele que magoou, se não socialmente, ao menos com seus olhos e seu coração. 

Vocês podem ter partilhado toda uma vida no passado, porém agora a fusão das personalidades, a sensação mútua de sentir-se “em casa” na alma do outro já não existe mais. A menos que haja arrepen­dimento, a distância entre os dois irá se ampliar até o relacionamento extinguir-se. Embora nenhum de vocês pudesse compreender por que foram se afastando, o amor que possuíam morreu porque você pecou e não se arrependeu. 

Da mesma forma que o relacionamento humano é sustentado pela franqueza e pela honestidade, também ocorre com o nosso rela­cionamento com Deus. Quando pecamos contra ele, inconscientemente erguemos uma barreira entre o céu e nós mesmos. Nós até podemos continuar a freqüentar a igreja, mas surge em nosso cora­ção uma sensação de distância e artificialidade. 

As próprias defesas que erigimos para manter Deus do lado de fora acabam por nos cercar, aprisionando-nos espiritualmente em nossos pecados. Estas barreiras se degeneram em fortalezas de opres­são demoníaca. Com o tempo, nossos muros contra Deus nos detêm fora da presença divina, lançando a alma nas trevas exteriores. É até mesmo possível que os muros levantados contra Deus sejam da mes­ma substância da qual o inferno é feito. 

Mesmo assim, o amor de Deus é tal, que ele nos ama o bastante para não somente nos libertar de nossos pecados, mas também dos efeitos negativos que tiveram sobre nosso relacionamento com ele. Mi­sericordiosamente, ele promete: “Dos seus pecados e iniqüidades não me lembrarei mais” (Hb 10.17). Todas as vezes que pedimos perdão, nosso relacionamento com ele se torna livre e novo novamente. 

Em um amplo ato de perdão, tão completo que ele prometeu nem ao menos se lembrar do que fizemos de errado, Deus providen­ciou o pagamento eterno por cada pecado pelo qual nós, arrependidos, lhe pedirmos perdão. Ele nos ama tanto que, enquanto continua a aperfeiçoar nossas posturas de coração, também fornece um meio de manter nosso relacionamento com ele sincero e sem barreiras. 

JESUS PAGOU O PREÇO 

“Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual ele derramou sobre nós” (Ef 1.7,8). O que é redenção? Redenção é o “pagamento de uma dívida ou obrigação”. Existiam apontamentos, penhores mantidos con­tra nós. Somos todos devedores a Deus, contudo Jesus pagou o penhor mantido contra nós por meio de sua morte na cruz. 

Quando vocês estavam mortos em pecados [...] Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões, e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz (Cl 2.13,14). 

No momento em que você aceitou Jesus em seu coração, tudo o que você já fez de errado, cada pensamento mau, cada palavra de cólera e cada ato iníquo – cada um destes atos merecendo sua pró­pria punição – foi carimbado com REDIMIDO: PAGO INTEGRALMEN­TE, por nosso Pai no céu. Jesus pagou por todos eles com seu sangue. Ele é nosso Redentor. Ele pagou o preço, não somente pelos pecados que cometemos, mas também por cada pecado pelo qual pedirmos perdão a partir de agora! Todos os nossos pecados estão eternamente perdoados e esquecidos. 

Hebreus 10.14 nos diz que “por meio de um único sacrifício, ele aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados”. E lemos novamente em Colossenses: 

Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas [...] estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz. Antes vocês estavam separa­dos de Deus e, na mente de vocês, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês. Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação (CI1.19-22). 

No que diz respeito à questão do pecado, devemos nos apossar do trabalho já realizado por Cristo. Sendo justificados pela fé, nós agora temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1). A partir da perspectiva eterna de Deus, estamos livres do pecado. É aqui, na esfera temporal, e especificamente em nossas mentes, que o pecado tem um controle temporário. Em seu imenso amor, porém, Deus remove até mesmo as barreiras criadas pelos pecados que nos separam dele. 

É importante enfatizar aqui que Deus não baixou o seu padrão de santidade. No entanto, ele sabe que jamais nos tornaremos santos se temermos nos aproximar dele, pois somente ele é santo! Conseqüen­temente, Ele não só nos perdoou como nos reconciliou consigo mes­mo por meio de Jesus. O sacrifício de sangue de Jesus pagou as dívi­das de todo aquele que, pelo arrependimento e pela fé em Jesus, sinceramente busca estar próximo de Deus.
E O SENHOR DISSE: “EU NÃO ME LEMBRO” 

Como entendemos pouco de redenção eterna! Quantas vezes Deus irá perdoá-lo? Se você realmente decidiu em seu coração segui-lo, ele anulará seus pecados sempre que você pedir. 

Ele irá perdoá-lo do pior pecado que você puder pensar? Sim! Você terá de viver com as conseqüências do seu erro, mas o poder redentor de Deus é tamanho que, mesmo no seu pecado, existem muitas coisas de valor a serem resga­tadas. Quanto ao pecado em si, caso você se arrependa profunda e sinceramente, Deus não irá somente perdoá-lo; ele riscará tal pecado de sua memória. 

Deixe-me partilhar uma experiência. Certo homem de Deus foi abençoado com o dom de revelação. Durante um culto vesper­tino ele pregou a um pastor presbiteriano e à sua esposa. Pelo dom do Espírito, ele revelou o passado do casal, expôs sua situação atu­al e então mostrou a eles o que haveria de acontecer. Este feito de Deus impressionou o casal tremendamente e, conforme se cum­priam as profecias, o pastor presbiteriano trouxe dois outros pas­tores um mês depois, para uma pregação pessoal juntamente com suas esposas. 

A palavra de ciência foi excepcionalmente clara naquela noite, e o segundo pastor e sua esposa se maravilharam com a exatidão e a ver­dade da palavra profética. O terceiro casal postou-se em frente ao pregador, e novamente a palavra de ciência estava presente. O profeta falou ao marido, expondo seu passado, presente e revelando seu fu­turo. Então o homem de Deus voltou-se para a esposa do terceiro pastor. Ao começar a falar do passado dela, ele repentinamente parou e disse: “Houve um pecado muito sério em seu passado”. A mulher, aparentando um imenso terror, empalideceu e fechou os olhos. A congregação silenciou e ficou na beira de seus assentos. 

O profeta continuou: “E eu perguntei ao Senhor: Que pecado ela cometeu? E o Senhor respondeu: 'Eu não me lembro!'” 

O Senhor havia sido fiel à sua promessa: “Dos teus pecados não me lembrarei”. Embora a esposa daquele pastor tivesse muitas vezes clamado por purificação, ainda não podia crer na profundidade do perdão de Deus. Cristo havia lançado seu pecado no mar do esquecimento, o havia removido para “tão longe como o oriente está do ocidente” (Sl 103.12). De todo e qualquer lugar, com exceção do cárcere de sua própria mente, seu pecado já havia sido pago e remo­vido. E naquele momento, em sua infinita misericórdia, ele também o removia de lá! 

Oh, que carga nós carregamos, quanta culpa e limitações nos rodei­am por não aceitarmos o pleno e perfeito perdão de Deus! Em 1saías nós lemos: “Sou eu, eu mesmo, aquele que apaga suas transgressões, por amor de mim, e que não se lembra mais de seus pecados” (Is 43.25). 

Como é incrível o Deus a quem servimos! Como é maravilhoso o seu amor por nós! Ele é nosso redentor! Nosso Salvador! Se você está pronto a perdoar os outros e tão somente pedir perdão a ele, o Se­nhor irá desculpar suas dívidas sempre que você, arrependido, vol­tar-se para ele. Ele prometeu que não se lembraria mais de seus pecados! Aquele que nos chama para sua perfeição também provi­denciou para que tivéssemos perfeito acesso à sua presença. A santi­dade é um límpido relacionamento com a graça de Deus. 

Extraído do livro: “O Desafio da Santidade”, Francis Frangipane, Ed. Vida.
 
por Francis Frangipane
Postado por Roberto
Fonte: Revista Impacto
Abraço

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