sábado, 31 de julho de 2010

A GRANDE ESPERANÇA DO HOMEM

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O texto a seguir foi adaptado de uma mensagem ministrada na Conferência “Heart-Cry for Revival” (Clamor do Coração por Avivamento) em abril de 2006, na Carolina do Norte, EUA.
 Dediquei algumas semanas, há algum tempo, investigando o termo “visita” ou “visitação” nas Escrituras. Confesso que fiquei um tanto surpreso e até entristecido ao descobrir que esses termos são mais relacionados na Bíblia com juízo e condenação do que com a idéia de intervenções positivas de Deus, conhecidas por nós como avivamentos.

 Mesmo assim, tratarei aqui de um dos casos bíblicos em que visitação é usada de forma positiva. Nosso texto será a incrível canção que Zacarias, o sacerdote, proferiu, conforme registrado em Lucas 1.67-69. Para pegar o contexto mais completo da sua profecia, é preciso ler todo o capítulo, principalmente sobre o encontro do anjo com Zacarias (Lc 1.5-25) e sobre o nascimento de seu filho, João Batista (Lc 1.57-66).
  
A Profecia de Zacarias
  
Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo:
 Bendito seja o Senhor, Deus de Israel,porque visitou e redimiu o seu povo,
e nos suscitou plena e poderosa salvação (literalmente: “Ele erigiu um chifre de salvação”; veja também em 1 Sm 2.10; 2 Sm 22.3; Sl 18.2; 132.17; Ez 29.21; em todos esses textos, existe o mesmo termo “chifre” no original, e não “força” ou “poder” como nas versões em português)
na casa de Davi, seu servo,
como prometera, desde a antiguidade,
por boca dos seus santos profetas,
para nos libertar dos nossos inimigos
e da mão de todos os que nos odeiam (Sl 106.10);
para usar de misericórdia com os nossos pais
e lembrar-se da sua santa aliança
e do juramento que fez ao nosso pai Abraão,
de conceder-nos que, livres da mão de inimigos,
o adorássemos sem temor,
em santidade e justiça perante ele,
todos os nossos dias.

 
Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo,
porque precederás o Senhor,
preparando-lhe os caminhos (Ml 3.1),
para dar ao seu povo conhecimento da salvação,
no redimi-lo dos seus pecados,
graças à entranhável misericórdia de nosso Deus,
pela qual nos visitará o sol nascente das alturas,
para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte (Is 9.2),
e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.”

 Esta linda canção, que Zacarias compôs e depois cantou ou salmodiou, tem duas estrofes. De fato, há somente duas longas sentenças, cada uma formando uma estrofe. Na primeira sentença ou estrofe, Zacarias se rejubila em render louvores ao Deus que visita os homens, trazendo-lhes o “chifre de salvação” (tradução literal do original grego em Lc 1.69). Na segunda estrofe, que começa no versículo 78, Zacarias tem a alegria e o privilégio de expressar gratidão pela missão que o seu próprio filho foi chamado a cumprir. Essa missão gira em torno da visitação que é descrita nestas belíssimas palavras: “nos visitará o sol nascente das alturas.”

1. A Estrofe do Chifre de Salvação

 No versículo 68, Zacarias fala estas palavras: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo”. Vamos nos recordar da ocasião dessa canção. Foi a circuncisão de João Batista – oito dias depois do seu nascimento. Ele está afirmando claramente que a visita de Deus já havia começado. Porém, não houvera ainda o nascimento de Cristo; tampouco qualquer pregação ou ensino; a cruz, o sepulcro e a ressurreição ainda estavam por vir. A única coisa que havia acontecido antes daquela ocasião era a concepção sobrenatural no ventre da virgem – no entanto, a salvação é tratada como fato consumado pelo fato de Deus já ter colocado em movimento os eventos fantásticos que culminariam em salvação para todas as nações.

 Há muitos anos, ouvi alguém explicar por que nosso Senhor, ao tratar com as pessoas, freqüentemente mudava os seus nomes. “Cristo não as via como eram”, ele esclareceu, “mas como viriam a ser, sob o seu poder e influência.” Zacarias estava fazendo algo semelhante. Sabendo que, de fato, a virgem já havia concebido, ele pôde proclamar a salvação como se fosse um fato completa e maravilhosamente consumado.

 No versículo 69, lemos que “Deus nos erigiu um chifre de salvação na casa de Davi, seu servo” (tradução literal do original). No meu entender, a melhor maneira para visualizar isso é através do chifre de um rinoceronte. Há muitos animais com chifres, mas poucos que tenham um único chifre. Nessa passagem, o chifre está claramente no singular. Pense agora nisto: nosso Senhor Jesus Cristo é o Chifre da salvação – e não existe nada que possa prevalecer contra ele! Ele é capaz de arrancar e destruir todo o mal. Ele é o único que está no ataque. Ele é o único que consegue lidar com o nosso arquiinimigo. É o único que tem a vitória garantida. É o único que não pode ser derrotado em qualquer circunstância. Deus nos erigiu um Chifre de salvação!

 Talvez você não fosse daquela época, mas nos primeiros dias do meu ministério, a igreja era muito mais vitoriosa do que esta que temos hoje. Fico então a perguntar: Será que o nosso Salvador perdeu o seu poder? O Chifre de salvação foi quebrado? O inimigo se tornou mais forte? Não! Deus erigiu um Chifre de salvação, e aquele chifre está tão afiado quanto sempre foi! Aquele que está segurando o chifre hoje é tão capaz de realizar a verdadeira salvação prometida quanto o foi em qualquer época de toda a história da humanidade. Bendito seja o Deus de Israel!

 Portanto, o Messias já foi concebido. A redenção está a caminho. E, quando Zacarias se refere aqui à redenção, ele está falando do preço que foi pago. Nós fomos libertados. Satanás não nos tem mais sob o seu controle. Não estamos mais presos à sua coleira. Ele não está dando as ordens. Ele não está no comando.

 Deus Não se Esquece
 Observe que nesta passagem aparece a palavra “lembrar-se”. O versículo 72 diz: “... para usar de misericórdia com os nossos pais e lembrar-se da sua santa aliança”. Há certas ocasiões quando quase parece que o Senhor se esqueceu dos seus compromissos. Mas, apesar dos 400 anos de silêncio que precederam o nascimento deste filho de Zacarias, o Senhor não havia se esquecido.

 Eu também, tendo recebido um encargo por avivamento desde a idade de doze anos, preciso encarar o fato, de tempos em tempos, de que Deus pode decidir não trazer uma nova visitação durante o tempo da minha vida. Isso, contudo, oferece-me alguma razão para afrouxar? Será que isso me dá motivo para relaxar e me esquecer do meu chamado? Eu vivo na esperança de que ele nos visitará ainda nesta semana. Porém, se ainda tivermos que esperar um bom tempo até que ele venha para o nosso meio como o Chifre de salvação e como o Sol nascente das alturas, devemos continuar perseverando fielmente. Sempre digo para os jovens que um encargo do Senhor é um encargo para toda a vida. Não o ponham de lado só porque não houve resposta ou resultado imediato.

 Freqüentemente as pessoas me dizem: “Irmão Roberts, há quanto tempo você vem pregando a respeito desse assunto? Você não se sente desencorajado?” Que razão tenho eu para me sentir desencorajado? Eu não fui chamado para trazer o avivamento. Fui chamado para instar com o povo de Deus para que se arrependa e volte para ele. E, embora isso não tenha acontecido por atacado, dou graças a Deus pelas pessoas individuais que têm, de fato, ouvido e correspondido. Agora estou instando com você. Depois de colocar a sua cara nesta grande obra de rogar a Deus por sua visitação e de conclamar o povo de Deus para se preparar para a volta de Jesus, não deixe de lado esse encargo, aconteça o que acontecer!

 O Juramento a Abraão Ainda Não se Cumpriu
 Olhe outra vez para o versículo 70: “Como prometera... por boca dos seus santos profetas, para nos libertar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam; para usar de misericórdia com os nossos pais e lembrar-se da sua santa aliança...” (vv. 70-72). Essa vinda do Chifre da salvação, a visitação do Sol nascente das alturas tem a ver com uma aliança, a aliança que não pode ser quebrada: “... do juramento que fez ao nosso pai Abraão, de conceder-nos que, livres da mão de inimigos, o adorássemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias” (vv. 73-75).
 Essa profecia foi cumprida, por enquanto, apenas parcialmente. Israel ainda não se tornou, em toda a plenitude, a bênção prometida para as nações. Talvez você ainda não ponderou bem esse assunto, mas quero lembrá-lo que a Escritura nos diz claramente que chegará o dia em que a Igreja dos gentios provocará ciúmes em Israel. Não perca isso de vista. Você nunca encontrará na história passada uma ocasião em que essa palavra tenha se cumprido.

 Na verdade, de modo geral, a Igreja dos gentios tem causado danos a Israel. Muitos judeus hoje não conseguem acreditar em Cristo porque não conseguem acreditar naqueles que professam amá-lo. Nas nossas circunstâncias atuais, não há nenhuma possibilidade lógica de esperar que qualquer judeu convicto seja provocado a ciúmes pela conduta da Igreja dos gentios. Só posso conceber um meio que Deus poderia usar para se manter fiel a essa aliança: avivar a nós, os gentios, ao redor de todo o mundo!

 Que coisa maravilhosa imaginar a chegada daquele dia quando a Igreja que nós amamos e servimos provocará em Israel tamanho ciúme que eles dirão: “Isto não está certo. Antes de ser Messias para os outros povos, ele o é para nós. Não vamos deixar que os gentios tomem toda a bênção para si mesmos. Nós vamos participar dela também. Ela nos pertence, e vamos tomar posse dela!”

 A igreja vai ter de mudar. Se não houvesse qualquer outra razão para sentir um encargo para buscar o avivamento, essa já seria suficiente para nos inflamar. Por que não suplicar a Deus por um avivamento que remodelasse a Igreja de Jesus Cristo de tal forma que fizesse os judeus reivindicarem a bênção para eles também? Que os levasse a participarem dessa bênção numa medida nunca antes vista na história? A aliança de Deus será mantida. Disso ninguém pode duvidar. A promessa de Deus é muito clara: através de Abraão e sua semente, todo o mundo será abençoado. Pela graça de Deus, isso vai acontecer. Que maravilha seria se nós tivéssemos o privilégio de fazer parte desse acontecimento incrível!

 2. A Estrofe do Sol Nascente das Alturas
 Voltamos agora à canção no versículo 76, na segunda estrofe, que expressa a alegria de Zacarias ao entender que a missão do seu filho seria preparar o caminho para que o Sol nascente das alturas visitasse os homens.

 Você já meditou sobre esta frase: “... nos visitará o sol nascente das alturas”? Claramente o Chifre da salvação tem a ver com o inimigo, pois serve para derrotá-lo, colocá-lo para correr e garantir vitória para aqueles que são servos do Cristo vivo. Por outro lado, estamos vivendo indiscutivelmente numa época muito escura e precisamos da luz divina. Quando o Sol nascente das alturas nos visita, todas as coisas vão assumir uma aparência bem diferente. Coisas que parecem aceitáveis agora ficarão determinantemente inaceitáveis. Conduta que parecia perfeitamente inocente num piscar de olhos será vista em toda a sua maldade. Oh, que Deus nos dê esse dia quando seremos visitados pelo Chifre da salvação e o Sol nascente das alturas!

 Quando Deus Visita


 Quero falar de sete coisas que são indiscutivelmente afetadas quando Deus visita o homem. O Chifre da salvação e o Sol nascente das alturas certamente tocarão estas sete áreas que estão precisando desesperadamente de intervenção nas nossas vidas e na nossa sociedade.

 1) Uma Mudança de Foco. A primeira coisa que acontece numa visitação divina é uma mudança instantânea de foco nas pessoas e no ambiente geral. As coisas estão fora de foco hoje em dia, não somente na Igreja como um todo, mas até em algumas das pessoas que estão lendo este artigo. Ficamos confusos sobre quais as verdadeiras questões que devem ser confrontadas. Tenho falado, com freqüência, sobre como distinguir entre o que é simplesmente um fruto e o que é a sua raiz. Ficamos, muitas vezes, todo agitados, discutindo sobre uma questão que é secundária, enquanto deixamos escapar a verdadeira raiz. Quando o Sol nascente das alturas traz a luz da verdade para brilhar sobre a nossa situação, as coisas entram bem rápido no foco certo.

 É como acontecia com os fariseus. Eles tinham tudo fora do foco. Preocupavam-se com o material, com personalidades, com assuntos sem conseqüência. Parece que não conseguiam dar importância às coisas que eram essenciais do ponto de vista de Deus. A Igreja está investindo incontáveis horas de energia e incalculáveis recursos financeiros em coisas que simplesmente não têm importância da perspectiva divina.

 Oh, que tivéssemos uma visitação do alto que fizesse com que todas as coisas entrassem no foco certo! Todos nós precisamos questionar a nós mesmos, na integridade dos nossos próprios corações: Será que eu estou com o foco certo? As coisas que estão no coração de Deus são as que afetam o meu? As mensagens que eu prego são a verdadeira Palavra de Deus? Quando falo, estou transmitindo o que veio do coração de Deus através do meu para alcançar o coração dos ouvintes, ou estou simplesmente comentando assuntos do interesse comum dos corações humanos?

 Numa série de reuniões, recentemente, senti uma direção muito clara de falar sobre o homem que Deus escolhe. Senti um encargo muito grande para estudar o livro de Malaquias e dediquei longas horas para meditar cuidadosamente e orar sobre aquele livro. O que mais me impactou foi a questão do encargo do Senhor na vida de Malaquias quando este transmitia a palavra de Deus. Agora eu pergunto: Você sente o encargo do Senhor, suas palavras são conseqüência do impacto do coração de Deus sobre o seu, ou o seu encargo é falar a respeito do seu próprio encargo?

 Com certeza, qualquer um de nós está sujeito a errar o alvo e perder o verdadeiro encargo de Deus, mas ah, como devemos ser persistentes no nosso estudo das Escrituras para podermos nos aproximar mais do coração de Deus, de tal modo que aquilo que pesa no coração dele seja o que pesa sobre o nosso e cause um forte impacto na igreja!

 2. Santidade. A segunda área que sempre é tremendamente afetada por uma visitação divina é a da santidade. Como é que conseguimos separar a santidade de vida da justiça imputada que recebemos pela fé na salvação? Como é que alguém pode ter a justiça de Cristo creditada na sua conta e continuar vivendo sem qualquer preocupação com a santidade em sua vida? Como é que o nominalismo passou agora a ser chamado de Cristianismo, e o verdadeiro Cristianismo, que é santidade ao Senhor, passou a ser encarado como fanatismo? Oh, que venha uma visitação divina que ponha a questão da santidade no foco certo nas nossas vidas, de tal modo que acreditemos de verdade nas palavras: “Sede santos, porque eu sou santo” (Lv 11.44)!

 Quero rogar a você, leitor, que leve a sério essa questão da santidade. Quando Deus vem em uma dessas visitações, tão necessárias e, também, tão maravilhosas, a santidade imediatamente vem à tona. Não é maravilhoso até mesmo relembrar os encontros de homens com o Deus santo, nas Escrituras, quando clamavam: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros e de coração impuro! Afaste-se de mim! Não sou digno!”? Oh, que venha este dia quando o Chifre da salvação arrancará dos nossos corações o amor pelo pecado, e quando o Sol nascente das alturas de tal modo brilhará sobre nós que até a menor manchinha de pecado dentro de nós será exposta à luz, levando-nos ao arrependimento mais profundo e urgente que há muito tem faltado dentro da igreja! Que assim, finalmente, a graça de Deus seja plenamente manifesta entre nós!

 3) Tolerância com o pecado. A tolerância com o pecado está obviamente ligada à santidade, mas quero tratá-la aqui como um assunto separado. Tolerância com o pecado é uma área muito afetada quando há uma visitação divina. Todo o Salmo 51 é uma confissão e uma oração de Davi, mas vejamos em especial as palavras do versículo 4: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos”. Tornamo-nos tolerantes em relação ao pecado porque deixamos de manter constantemente diante de nós a convicção de que é contra Deus que pecamos.

 Alguém poderia até argumentar com Davi e dizer: “Davi, como é que você pode dizer ‘pequei contra Deus e somente contra Deus’, quando, na verdade, você pecou contra Bate-Seba, contra a sua própria família, contra o marido dela, ao ordenar a sua morte, contra a nação sobre a qual Deus o colocou para reinar e contra o seu próprio corpo, já que cometeu um pecado sexual? Como você pode dizer: ‘Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos’?”

 Ele disse isso porque entendeu uma coisa facilmente esquecida por nós: o grande mal de todo o pecado consiste no fato de ser praticado contra Deus. Quando Deus parece estar bem longe, quando já faz muito tempo que não nos visita, é muito fácil, na nossa displicência, esquecer que todo pecado é contra ele. Mas quando ele nos visita, torna-se extremamente claro que o grande mal de todos os nossos pecados consiste, isto sim, no fato de serem praticados contra Deus.

 Alguma vez, você já parou para pensar sobre essa afirmação e para relacionar as razões por que o seu pecado é contra Deus? Seria um exercício muito proveitoso. Deixe-me ajudá-lo com um ou dois pontos iniciais.

 Em primeiro lugar, todo pecado é contra a soberania de Deus. Ele é quem governa, não você. Todos os direitos são dele, não seus. Ele é quem estabeleceu os mandamentos. Ele é quem estabeleceu qual conduta é aceitável e qual é inaceitável. Quando você peca, é como se você levantasse o seu punho no rosto de Deus e dissesse: “Eu faço o que quero. Na parte que me toca, tu não és o Deus soberano”.

 Um outro ponto é que todo pecado é contra a criação de Deus. Na passagem de Romanos 8.19-22, Paulo deixa muito claro que o pecado de Adão afetou toda a criação, de tal modo que a criação inteira geme até agora como se estivesse em dores de parto – aguardando o quê? É muito sério entender que o pecado de Adão fez com que todo o propósito criativo de Deus entrasse num compasso de espera. Ah, se pudéssemos nos unir com as árvores, e as rochas, e os rios, e as montanhas num profundo clamor pela restauração da justiça, a fim de que a criação voltasse ao caminho original, e todas as coisas em todo o universo louvassem ao Senhor!

 Todo pecado é contra Deus. Guarde isso no coração e deixe que o comova. Uma visitação da parte de Deus sempre afeta profundamente a nossa tolerância do pecado.

 4) Arrependimento. Em quarto lugar, é absolutamente garantido que uma visitação divina afetará a nossa visão do arrependimento. Vivemos numa época quando multidões de pessoas nem mesmo sabem usar a palavra arrependimento. Mas, quando Deus se aproxima, o arrependimento se torna uma questão muito urgente. Você não consegue apresentar uma desculpa qualquer e o colocar de lado. É algo que você sabe que precisa fazer e com urgência, pois do contrário estará em dificuldades eternas, sem escapatória. Tenho pregado centenas de vezes sobre arrependimento sem nenhum impacto visível sobre o nosso contexto geral. Mas, um dia, o Sol nascente das alturas nos visitará, e toda a Igreja de Deus se apressará a se arrepender. Oh, que isso aconteça logo!

 5) Liderança do Espírito Santo.
Essas visitações divinas causam um grande impacto sobre o nosso interesse e alegria na liderança do Espírito Santo e na nossa abertura e submissão a ela. Oh, que venha o dia em que as palavras de João Batista sejam uma realidade para nós: “Eu os batizo com água para arrependimento, mas depois de mim vem alguém... ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11, NVI)! O batismo com fogo é um batismo de pureza e paixão.

 Paixão! Você a tem? Oh, que o Sol nascente das alturas nos visite, e que cada pessoa possa conhecer poder, pureza e paixão, à medida que o Espírito Santo faz o seu grande trabalho em cada um de nós!

 6. Amor Apaixonado.
Visitações divinas sempre nos levam ao primeiro amor. Uma jovem uma vez me perguntou: “Sr.Roberts, por que é que quando um avivamento chega a uma igreja, a única coisa que a igreja quer fazer é orar?” Eu lhe respondi: “Você já se apaixonou por alguém?” Ela se voltou, corada, e, levantando seu dedo, mostrou-me uma aliança de noivado. “Ah, então”, eu lhe disse, “você respondeu a sua própria pergunta. Você sabe o que acontece quando está apaixonada. Você quer passar todo o tempo que puder com a pessoa que ama.” Nenhum sacrifício é grande demais. Quando acontece uma dessas preciosas visitas do alto, existe amor, um banho de amor – amor por Deus, amor uns pelos outros e amor por um mundo perdido.

 7. Devoção no Serviço.
Quando o Sol nascente das alturas nos visita, há uma devoção no serviço, não para as obras mortas que são parte integrante da vida da igreja hoje, mas no serviço que é ungido pelo Espírito Santo e usado poderosamente por ele. Há uma passagem muito profunda em Hebreus 6 a respeito do arrependimento de obras mortas. Está na lista dos fundamentos da doutrina. A igreja moderna está sobrecarregada de obras mortas.

 Oh, que uma visitação do alto dê vida a tudo o que estamos fazendo! Se você estudar a história dessas poderosas visitações de Deus no passado, descobrirá que quase toda reforma e mudança importante na nossa sociedade veio como resultado de uma visitação divina, quando homens e mulheres puderam ver as coisas com o mesmo foco de Deus.

 Exatamente agora precisamos de uma visita do Chifre da salvação e do Sol nascente das alturas. Sabemos que precisamos dela. Mas será que sabemos que precisamos dela tão intensamente que nada mais realmente tem importância e que tudo o que é irrelevante e inconseqüente deveria ser posto de lado? Oh, que possamos atingir aquele ponto no qual não conseguimos mais viver sem a presença real do Chifre da salvação e do Sol nascente das alturas!


 Oração

 Acreditamos honestamente, Pai, que além da nossa necessidade desesperada, além dos nossos santos anseios, o maior incentivo que poderíamos apresentar diante de ti, para pedir uma visitação divina, é a glória que te pertence e que te será entregue quando estiveres em nosso meio. Permite, ó Deus, que vivamos para ver, para experimentar e para caminhar no meio da tua Presença na Igreja – que é a glória do Rei Jesus. Amém.

 Richard Owen Roberts é autor, conferencista e estudioso de longa data de avivamentos espirituais. Este artigo foi adaptado de uma mensagem na conferência “Heart-Cry For Revival” (Clamor do Coração por Avivamento) em abril de 2006, na Carolina do Norte, EUA.




por Richard Owen Roberts
Postado por Roberto
Fonte: Jornal Arauto Da Sua Vinda
Abraço

quinta-feira, 29 de julho de 2010

JOHN WESLEY: HJOMEM DE DEVOÇÃO




 
John Wesley 
 
 
 
 
 
 
 
 
John Wesley: Homem de Devoção 

 É de conhecimento comum que John Wesley foi um dos grandes exemplos históricos de vida devocional. Um estudo mais detalhado, porém, revela que ele não era nenhum super-herói capaz de manter comunhão ininterrupta com Deus. Assim como nós, tinha altos e baixos. Cometeu vários erros e precisou fazer ajustes ao longo da jornada – o que nos oferece esperança!

 A seguir, alguns aspectos importantes de suas práticas.

 Disciplina

 O fato de ter cometido erros não impediu Wesley de prosseguir. Ele estava convicto de ter achado o elemento essencial da vida cristã e estava determinado a conquistá-lo. Os registros regulares que constam em seu diário indicam que, por mais de 60 anos, ele observou fielmente as disciplinas espirituais. Convém mencionar que ele modificava, de vez em quando, a estrutura e o conteúdo. Estava disposto a fazer novos experimentos às vezes. Contudo, sua intenção básica de relacionar-se pessoalmente com Deus nunca vacilou.

 Assim como nós, ele também teve momentos áridos. Um símbolo no diário, que indicava o fervor de suas orações, revela que muitas vezes suas orações haviam sido "frias" ou "indiferentes". Contudo, ele persistia na certeza de que novos períodos de ardor e regozijo viriam.

 Tenho ouvido mais de uma pessoa dizer: "Eu realmente não estou conseguindo muito resultado com minhas devoções nesse momento e, por isso, vou suspendê-las por algum tempo até que o fervor retorne". Embora eu simpatize com tais pessoas, cheguei à conclusão de que tal atitude pode ser espiritualmente devastadora. Afinal, é nos períodos áridos que precisamos permanecer disciplinados e fiéis. Mesmo na ausência de emoções, devemos manter-nos confiantes de que Deus continua sua obra.

 Na realidade, a verdadeira oração nasce do sentido da ausência de Deus e do quanto precisamos dele. Se desistirmos nos momentos de secura e fraqueza, não experimentaremos o gozo de encontrar o Deus que vem em nosso auxílio quando estamos em necessidade. E não conseguiremos determinar a causa da aridez. Isso nos leva a repetir os mesmos erros.

 A disciplina torna-se, assim, o método pelo qual a vida espiritual é mantida nos bons e maus momentos.

 Padrão objetivo

 Para John Wesley, o padrão objetivo de espiritualidade genuína era a Bíblia. Apesar de ter lido centenas de livros sobre vários assuntos, ele continuamente referia-se a si mesmo como um homo unis libri (homem de um único livro). Durante 65 anos, utilizou-a como companheira diária em sua vida devocional.

 Em primeiro lugar, ele lia a Bíblia em atitude de adoração. Isso significa que não o fazia com pressa, mas de modo reverente. Para garantir que seus momentos de estudo bíblico não fossem apressados, ele escolhia as primeiras horas da manhã e os momentos calmos da noite. Seu alvo principal era a qualidade e não a quantidade. Embora normalmente lesse um capítulo de cada vez, por vezes lia apenas alguns versos. Seu desejo era encontrar Deus e, quando o fazia, a quantidade de leitura não tinha grande importância.

 Segundo, Wesley lia a Bíblia sistematicamente. Sua prática baseava-se em seguir um quadro de leituras diárias no Livro de Orações Comuns. Esse método permitia-lhe ler o Antigo Testamento uma vez por ano e o Novo Testamento várias vezes. Permitia-lhe, também, ler contextualmente e não casualmente. Wesley acreditava que o cristão deveria conhecer "todo o conselho de Deus".

 Seria errado, portanto, supor que Wesley estava apenas à procura de experiência mediante a leitura devocional da Bíblia. Ele também queria conhecer a Palavra de Deus e não via qualquer dicotomia entre o estudo puramente científico da Bíblia e a leitura voltada ao enriquecimento espiritual. Toda nova informação ou descoberta alcançada constituía mais uma inspiração de Deus, e Wesley encarava-a como tal.

 Amplitude

 Wesley não limitava a leitura devocional à Bíblia, mas buscava inspiração significativa em uma vasta gama de materiais devocionais. Versado nos clássicos, desfrutava de fontes anglicanas, puritanas, moravianas e católico-romanas. Conseqüentemente, sua vida devocional possuía uma profundidade e variedade que uma única fonte seria incapaz de oferecer.

 Assim, podemos inferir mais um princípio importante. Não podemos contentar-nos com uma só perspectiva nem com a "espiritualidade popular", que segue apenas o que está em voga no momento. Há necessidade de se descobrir a riqueza dos materiais devocionais provenientes de muitos séculos de história cristã. Somos sustentados por gigantes espirituais. Wesley nos desafia a libertarmo-nos de uma noção por demais limitada da vida devocional e a prestarmos atenção aos santos do passado, examinando tudo pelo padrão das Escrituras.

 Oração

 Para Wesley, o principal meio institucional da graça era a oração. Não é exagero dizer que ele vivia para orar e orava para viver. Wesley entendia a fé cristã como uma vida de relacionamento com Deus por intermédio de Jesus Cristo, e a oração era o dom de Deus para facilitar e enriquecer tal relacionamento. Para ele, a ausência de oração era a causa mais comum de aridez espiritual.

 Como era a prática de Wesley nessa área tão vital?

 Primeiramente, Wesley começava o dia em oração. Muito tem sido dito sobre seu hábito de levantar-se cedo, normalmente às 4h30 ou 5 horas. Embora seja verdade que ele tenha feito isso por mais de 50 anos, também é necessário lembrar que Wesley geralmente se deitava antes das 22 horas. O princípio não está tanto no horário específico em que se levantava, mas no fato de que dirigia seus primeiros pensamentos a Deus. Ao fixar a mente em Deus logo de manhã, ele sabia que estaria adquirindo a consciência da presença divina durante todo o dia.

 Como é de se esperar, Wesley era por demais metódico para não estabelecer alguma ordem para as orações. Ele escolheu a prática comum de fixar um padrão semanal, segundo o qual cada dia era dedicado a um tópico em particular.
  
 As orações escritas formavam a base de suas orações, mas, no seio destas, Wesley deixava espaço para as orações de improviso. As orações escritas forneciam o foco, e as orações extemporâneas possibilitavam a espontaneidade.

 Muitos podem achar que orações escritas são muito formais, uma maneira estranha de comunicar-se com Deus. Porém, ao dar aconselhamento, tenho descoberto que os pensamentos soltos são um problema quase universal na oração. Muitas pessoas têm-se expressado assim: "Quando oro, minha mente vaga em todas as direções. O que posso fazer para manter a concentração?".

 Como resposta, creio que seja útil o uso da combinação de oração escrita e oração espontânea. Quanto melhor for o foco na oração, menos problemas teremos com a mente desatenta. Mergulhando no espírito da oração escrita, refletindo sobre as palavras, podemos absorvê-las e depois elevá-las a Deus como expressão de nosso coração.

 Wesley acreditava que, ao fazermos uso das orações escritas, enriqueceríamos nossa compreensão e a expressão da verdadeira oração. Descobrimos áreas da oração que não recebem a devida atenção. Somos auxiliados a orar num espírito de comunidade com a igreja universal.

 Em segundo lugar, Wesley orava durante todo o dia. Seu diário mostra que ele treinara a mente para orar a cada hora. Essas orações geralmente eram breves, curtas frases de louvor. Constituíam o meio de apresentar os eventos de sua vida a Deus.

 Se você já está achando que esse exemplo não é prático para quem se encontra em meio ao acelerado ritmo da vida moderna, lembre que Wesley também não era um recluso. Ele não vivia uma vida monástica ou isolada. Pelo contrário, mantinha horários de trabalho, escrita, pregação e viagem impressionantes até mesmo pelos padrões modernos. Evidentemente, ele não se retirava a cada hora para os exercícios devocionais, mas cultivava esse hábito internamente. Ele aprendeu a estar perfeitamente engajado nos assuntos da vida e, ao mesmo tempo, envolvido na oração a Deus.

 Esse é o verdadeiro significado do conselho de Paulo sobre orar sem cessar. Wesley chamou a oração de "fôlego da vida espiritual" e sugeriu que, do mesmo modo como um indivíduo não pode parar de respirar, também não pode parar de orar.

 Para alguns, a oração incessante desenvolve-se por lembretes. Eu conheço pessoas que colam um lembrete de oração ao telefone. Cada vez que toca, elas oram pela pessoa do outro lado da linha. Executivos agendam um encontro com Deus no meio do dia, trazendo, assim, a fé para bem dentro do trabalho. Outros colocam lembretes de oração por toda a casa. Ao encontrá-los, eles oram. Algumas pessoas fazem soar o alarme do relógio digital a cada hora e usam-no como uma chamada à oração. Cada uma dessas pessoas exemplifica a preocupação de Wesley em orar durante o dia.

 Wesley também orava ao final do dia para fazer uma revisão das atividades e confessar os pecados cometidos. Ele tomava resoluções de mudanças e entregava-se ao cuidado e à proteção de Deus ao deitar-se. Wesley afirmava que, ao fazê-lo, conseguia dormir em paz quase todos os dias.

 Precisamos aprender a arte de dormir corretamente. Com freqüência, percebo que estou trabalhando até a hora de ir para a cama. Por conseguinte, minha mente ainda está fervilhando quando me deito. No subconsciente, continuo trabalhando ao invés de descansar. No dia seguinte, acordo com uma sensação de fadiga ao invés de revigoramento. Descobri que não sou um caso único. Wesley nos lembra de que precisamos de tempo para nos acalmar e entregar o dia e a nossa pessoa a Deus. A oração em particular no final do dia é um meio de desanuviarmos a mente e dormirmos sem o peso dos problemas.

 Extraído e adaptado de A Vida Devocional na Tradição Wesleyana, de Steve Harper, Imprensa Metodista. O livro completo pode ser baixado gratuitamente pelo site: http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/ebooks2.asp
 
por Steve Harper
Postado por Roberto
Fonte: Revista Impacto
Abraço
 
 
 
 
 



LEVANTANDO CEDO

Levantando Cedo 

 Desperta, ó minha alma! Despertai, lira e harpa! Quero acordar a alva” (Sl 57.8,9; 108.2,3) 
                                                                                                                                   
 “Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias” (Sl 90.14).

 Por que devemos levantar cedo?

 Por que devemos levantar cedo? Porque cedinho pela manhã é a melhor ocasião para encontrar o Senhor. Com exceção de uma minoria que sofre de males físicos, todos devem ser estimulados a levantar cedo. A maioria de nós não tem doenças físicas – padecemos por nos amar demais!

 Deixe-me citar as palavras da Srta. Groves, uma co-obreira da Srta. M. E. Barber, que nos tem ajudado grandemente . Ela afirmou que a primeira escolha que evidencia o amor de alguém pelo Senhor é a escolha entre a cama e o Senhor. Se alguém escolher amar a cama, dormirá mais; mas se escolher amar mais o Senhor, levantará um pouco mais cedo. Ela me disse isso em 1921, mas, ainda hoje, sinto o frescor de suas palavras. Sim, o homem tem de escolher entre a cama e o Senhor. Se você ama mais a cama, continue a dormir mais; mas se ama mais o Senhor, você deve levantar-se mais cedo.

 Por muitas décadas, a Srta. Groves sempre se levantava antes das 5 horas, e a Srta. Barber, entre às 4 e 5 horas. Elas me disseram que não ousavam dormir aquecidas demais temendo não poder levantar cedo pela manhã.

 Na Bíblia, vemos que, no deserto, o alimento sobrenatural, o maná, tinha de ser colhido antes que o Sol nascesse (Êx 16.21). Quem quisesse comer o alimento que Deus havia prometido deveria levantar cedo. Quando o Sol aquecia, o maná derretia, desaparecendo. Todo jovem crente precisa saber que, para receber alimento diante de Deus, obter comida espiritual, progredir espiritualmente e desfrutar de comunhão, tem de levantar um pouco mais cedo. Se levantar tarde demais, perderá seu alimento. A vida cristã doente que prevalece no meio dos filhos de Deus hoje deve-se mais ao levantar tarde do que a algum problema espiritual sério. Portanto, não menospreze esse assunto.

 É como se, de manhã cedinho, no momento em que o dia começa a amanhecer, Deus repartisse a provisão de alimento espiritual e comunhão aos seus filhos. Quem levanta tarde demais, fica sem ela. Muitos filhos de Deus não têm qualquer deficiência quanto à consagração, ao zelo ou ao amor, mas falham em ser bons cristãos por levantar tarde demais. O levantar cedo influencia grandemente a vida espiritual. Nunca encontrei um guerreiro de oração ou alguém que tivesse intimidade com o Senhor que levantasse tarde.

 Qualquer um que propuser a Deus levantar cedo experimentará muito proveito espiritual. A oração, em outras horas do dia, não pode ser comparada com a realizada de manhã cedinho. O estudo bíblico em outras horas não pode igualar-se ao da manhã, e a comunhão com o Senhor nunca é tão doce em outros momentos quanto no amanhecer. Lembre que de manhã cedinho é a melhor hora do dia. Devemos oferecer nosso melhor tempo a Deus e não aos homens ou aos negócios do mundo. Quem gasta o dia inteiro no mundo e depois, à noite, quando está morto de cansaço, ajoelha-se para orar e ler a Bíblia antes de ir para a cama, é um tolo. Não é de se surpreender que a oração de tal pessoa, o estudo bíblico e a comunhão com o Senhor sejam deficientes. A origem do problema é levantar tarde.

 Exemplos bíblicos

 Os melhores servos de Deus tanto do Antigo quanto do Novo Testamento eram todos madrugadores (ver quadro). Tinham o hábito de comungar com Deus e trabalhar para ele de manhã. Embora não encontremos na Bíblia nenhuma ordem direta de Deus para levantar cedo, temos, não obstante, exemplos suficientes de servos fiéis que eram madrugadores.

 Por conseguinte, aqueles que desejam seguir o Senhor não devem perguntar desdenhosamente que diferença fará se o horário for mais cedo ou mais tarde. Temos bastante experiência para convencer-nos de que levantar uma hora mais tarde prejudicará nosso estudo bíblico, e levantar duas horas mais tarde porá fim à nossa oração.

 Durante os primeiros três anos de minha vida cristã, alguém me perguntou, pelo menos 50 vezes, a que horas eu levantava. Por ser uma bênção muito grande, eles não queriam que eu a perdesse. O mundo pode não ver diferença em levantar duas horas mais cedo ou duas horas mais tarde; isso pode não influenciar as questões do mundo. Porém, deixe-me lhe dizer: nas questões espirituais, faz uma grande diferença.

 Não somente muitos servos de Deus foram madrugadores, mas até mesmo o Senhor Jesus levantava cedo. Antes do amanhecer, já estava orando. Ele chamava os doze discípulos no começo do dia. Se não nos levantarmos suficientemente cedo, sem dúvida nos tornaremos muitíssimo pobres espiritualmente.

 O que fazer depois de levantar cedo

 Nosso propósito não é simplesmente tirar as pessoas da cama de manhã cedinho. Estamos buscando valores espirituais. Por isso, há algumas coisas que as pessoas devem fazer depois de levantar
.

 1- Tenha comunhão com Deus

 Levantemo-nos de manhã... ali te darei meu amor(Ct 7.12). Sendo a melhor hora do dia, deve ser gasta em comunhão com Deus, esperando em quietude e meditando na presença de Deus, tendo o espírito aberto para receber orientações e impressões de Deus e permitindo que ele fale.

 Quando o espírito está aberto a Deus, o mesmo ocorre com a mente, o que permite que Deus conceda luz, supra uma palavra, cause uma impressão e nos toque de forma viva. Além disso, cria a oportunidade de a alma também aprender a tocar em Deus, meditar, contemplar e aproximar-se de Deus com o coração. Resumindo, isso é comunhão com Deus.

 2. Cantar e louvar

 Cedo pela manhã é a melhor hora para cantar louvores ao Senhor. Podemos proferir os mais altos louvores no período da manhã.

 3. Buscar alimento diante de Deus

 Essa é a hora de colhermos o nosso maná. O que é maná? Embora indique, em última análise, o próprio Cristo, a ênfase aqui é mostrar seu cumprimento na Palavra de Deus, da qual desfrutamos diariamente e pela qual recebemos forças para andar no deserto. O maná é o alimento no deserto que precisa ser colhido cedo pela manhã. Como alguém pode satisfazer-se e alimentar-se se gasta a primeira parte da manhã voltada a outras tarefas?

 Todas as pessoas deveriam ter duas bíblias: uma para ser lida devagar, num horário específico, e na qual muitas observações podem ser escritas, e outra para ser usada de manhã e na qual nada deve ser escrito, pois serve puramente para colher o maná. Não é o momento de ler trechos longos; de preferência, abra uma passagem curta da Bíblia diante de Deus e misture oração com a Palavra, cântico com leitura e comunhão com a Bíblia.

 Como dissemos, levantar cedo visa à comunhão. Isso não significa que a comunhão seja o primeiro passo, louvor o segundo, leitura da Bíblia o terceiro, e oração o quarto. Na verdade, trata-se da combinação de todos esses atos, associando-os diante de Deus. Você pode comparecer à presença de Deus com a Palavra aberta ou combinar oração com leitura da Bíblia. Pode confessar seus pecados após ler a Palavra ou agradecer a Deus por uma graça específica que tenha recebido. Você pode fazer um pedido especial de acordo com a palavra que leu ou simplesmente dizer ao Senhor que o que acabou de ler na Escritura é o que lhe falta.

 Como resposta a muitas palavras, você pode dizer: “Senhor, eu creio”; a muitas promessas, você pode responder: “Senhor, eu recebo”. Algumas vezes, sentirá o desejo de agradecer ao Senhor, porque sua promessa é muito grandiosa; outras vezes, será compelido a orar pelos irmãos e por si mesmo ao descobrir que a condição deles e a sua não condizem com o que a Bíblia ensina. Não, você não estará criticando ou acusando ninguém diante de Deus, mas apenas lhe pedindo que cumpra sua Palavra na vida desses irmãos e em você mesmo. Estará, portanto, confessando os próprios pecados e os pecados da igreja.

 Realmente, cedo pela manhã é a melhor hora para colher o maná. Aprenda a misturar oração, louvor e comunhão com a Palavra de Deus. Em um instante, você está na terra; no seguinte, no céu; em um segundo, você está sozinho e, no seguinte, encontra-se na presença de Deus. Utilizando assim seu tempo cada manhã diante de Deus, você se sentirá satisfeito diariamente. Terá sido alimentado com a Palavra de Cristo, porque Cristo é o Verbo de Deus. Terá permitido que a Palavra de Deus habite em você ricamente. Essa maneira de ler a Palavra, alimentando-se do maná, é indispensável.

 Após termos comungado com Deus e nos alimentado do maná, somos fortalecidos a ponto de colocar tudo diante dele. Sem força, não há como orar; os fracos não podem fazê-lo. Com a força renovada pela comunhão e pelo suprimento do maná, temos condições de orar por nós, pela igreja e pelo mundo todo.

 Mesmo uma pessoa da estatura de George Muller confessou que a condição espiritual que vivia durante o dia era determinada pela forma como havia-se alimentado diante de Deus pela manhã. O período inicial da manhã determinava como seria o resto do dia. Muitos cristãos encontram dificuldades no decorrer do dia simplesmente porque não o iniciaram adequadamente.

 Um famoso pianista observou certa vez: “Se eu não praticar um dia, noto algo errado; se eu não estudar dois dias, minha esposa nota algo errado; e se eu não praticar três dias, todo mundo nota algo errado”. Não esqueçamos que, se não conseguirmos ter uma boa manhã com o Senhor, não apenas nós e os cônjuges, mas o mundo todo saberá disso. Por quê? Porque falhamos em alcançar a fonte de nossa vida espiritual.

 Algumas considerações sobre levantar cedo

 Finalmente, eu gostaria de mencionar algumas questões relacionadas com a prática de levantar cedo:

a) para levantar cedo, é preciso dormir cedo. Todos os que levantam cedo têm o hábito de ir para a cama cedo. É tolice ir deitar tarde da noite e levantar cedo. Seria como queimar a vela de ambos os lados;

b) não estabeleça um padrão muito alto para levantar cedo. Alguns decidem levantar às 3 horas. Tentam alguns dias e desistem. Tentar levantar cedo demais terminará em fracasso. Ao contrário, tomemos uma decisão moderada: digamos, por volta das 5 ou 6 horas, logo antes do amanhecer do dia. Se o horário estabelecido for cedo demais, será difícil mantê-lo. Estabelecer um padrão alto demais produzirá peso na consciência, e precisamos manter a consciência sem culpa. Por isso, não defendamos os extremos. Que cada um considere o assunto cuidadosamente perante Deus, levando em consideração condições físicas e circunstâncias particulares, e, depois, estabeleça um padrão para si mesmo quanto à hora apropriada de levantar;
 
c) cultive o hábito de levantar cedo. É inevitável que encontre alguma dificuldade nos primeiros dias. Você perceberá o quanto ama sua cama e como é difícil levantar. É preciso algum tempo para formar um hábito. No início, a pessoa tem de se obrigar a levantar, mas, depois de algum tempo, consegue levantar sem esforço.

 Os nervos humanos são como a árvore no cume da montanha que se inclina na direção do vento. Se ele sopra sempre numa direção, ela desenvolve o hábito de inclinar-se naquela direção. Suponha que você tenha o hábito de levantar tarde, é como ter os nervos inclinados para o sul. Mas, depois de levantar cedo muitas vezes, seus nervos começarão a inclinar-se para o norte.

 Então, ao invés de ser difícil levantar cedo, você achará difícil levantar tarde, porque não conseguirá mais dormir além do horário habitual! Até que o hábito seja formado, peça a Deus que lhe dê graça para que o bom hábito de levantar cedo seja desenvolvido. Tente muitas vezes. Aprenda diariamente a sair da cama até que tenha formado o hábito de levantar cedo para desfrutar da graça e da comunhão com Deus de manhã.

 Ajude os crentes jovens

 Espero que os mais adiantados no Senhor e aqueles que sentem algum encargo diante dele tomem a responsabilidade de manter a prática da vigília matinal na igreja. Tanto devem levantar cedo quanto ajudar os jovens a exercerem essa prática abençoada. Sempre que houver uma oportunidade, devem perguntar ao jovem ou recém-convertido: “Irmão, a que horas você se levanta?”

 Lembre-se: levantar cedo é o primeiro hábito que um cristão deve formar. Reunir-se no dia do Senhor também é um hábito. Os jovens devem formar esses hábitos, mas a responsabilidade de ajudá-los é dos crentes mais experientes. Quantos nunca desfrutaram da bênção de levantar cedo!

 Se a igreja progredir nesse exercício, se muitos irmãos aprenderem a levantar cedo, se cada um se achegar ao Senhor e receber um pouco mais de luz cada dia, quão rica e cheia de luz a igreja toda se tornará. A razão pela qual a igreja é pobre é porque pouquíssimos estão recebendo algo do Cabeça. Se aprendermos a receber do Cabeça, mesmo que cada um de nós receba apenas um pouco, o resultado será uma igreja muitíssima rica.

 Extraído e condensado de Um Sacrifício Vivo, de Watchman Nee, Edições Tesouro Aberto.

por Watchman Nee
Postado por Roberto
Fonte: Revista Impacto
Abraço

quarta-feira, 28 de julho de 2010

BABILÓNIA

BABILÓNIA
Heb. e aramaico, Babel (ver Babel); Gr. Babulon.

Uma cidade no vale mesopotâmico e uma das primeiras a ser fundada. Pouco se conhece da sua história e características no que se refere ao período pré-imperial, uma vez que as escavações só puseram a descoberto os níveis mais à superfície, que incluíam o do reino neo-babilónico. Uma vez que o nível das águas está agora mais alto do que nos tempos antigos, o que resta das cidades mais antigas encontra-se debaixo da água. 

A cidade tornou-se importante ao ser elevada a capital da primeira dinastia da Babilónia (chamada Dinastia Amorreia) e à qual pertencia o famoso Hammurabi. 

Perdeu, no entanto, a sua importância política após a queda desta dinastia, mas Babilónia continuou a ser muito respeitada como centro religioso e cultural do mundo antigo. Durante o domínio do Império Assírio, tornou-se num reino vassalo desse império mas rebelou-se frequentemente contra o jugo dos seus senhores. 

Senaqueribe ficou tão exasperado com estas constantes rebeliões, que destruiu completamente a cidade em 689 AC, com a intenção de que não voltasse a ser reconstruída. Contudo, a opinião pública, mesmo na sua terra natal, mostrou-se contra tal facto e a reconstrução da cidade começou logo a seguir à morte de Senaqueribe.


Quando, em 626 AC, Nabopolassar fundou o reino independente da Babilónia, a cidade tornou-se na capital da nova monarquia e, pouco depois, também do império. 

Foi a Babilónia deste período que R. Koldewey, entre 1899 e 1917, escavou em ligação com a German Orient Society. Estas escavações mostraram que a antiga cidade, ou cidade interior - a parte primitiva da cidade - se situava na margem oriental do Eufrates e o seu tamanho era de, aproximadamente, uma milha quadrada. A noroeste ficava o palácio real e a sul deste ficava o precinto sagrado de Esagila, em cuja área se situava a Etemenanki, a torre do templo com cerca de 91 m, assim como o templo de Marduk. Nabucodonozor reconstruiu e alargou o palácio, acrescentando, entre outras coisas, uma estrutura abobadada e, sobre ela, plantou jardins, conhecidos como Jardins Suspensos da Babilónia e conhecidos no mundo antigo como uma das Sete Maravilhas do Mundo. 

Construiu também a Nova Cidade na margem ocidental do rio e ligou-a, através de uma ponte, à cidade antiga (mais tarde chamada a cidade interior). Cerca de 2,4 km a norte da cidade, ele erigiu um novo palácio, o chamado palácio de verão e construiu uma parede dupla que incluía este palácio e os subúrbios dentro dos seus limites. Rodeou também a nova cidade com uma parede dupla, um fosso junto à parede e outro que protegia a cidade interior. Com uma circunferência total de cerca de 16 km, Babilónia era provavelmente a maior cidade da antiguidade, com a possível excepção de Tebas, a cidade egípcia.

A cidade foi construída com tijolos, uma vez que o solo aluvial daquela área não continha pedras. Os tijolos vulgares não tinham qualquer preparação especial mas os edifícios públicos eram revestidos com tijolos preparados ou envernizados e de diferentes cores, que davam a esta metrópole uma beleza que era dificilmente igualada por qualquer outra cidade de tamanho comparável. Os tijolos das paredes exteriores da cidade eram amarelos, os dos portões eram azuis, os dos palácios eram rosa-avermelhados e os dos templos eram brancos. Para além disso, os portões da cidade estavam decorados com touros em relevo, alternando com figuras de várias cores semelhantes a dragões. Nas paredes da Rua da Procissão, que ia desde o norte da cidade até ao templo de Marduk, viam-se leões de várias cores, em relevo e feitos de tijolos envernizados. Não é de admirar que o construtor desta cidade se tornasse orgulhoso e despótico. Este facto é mencionado não somente no livro de Daniel (Dn 4:30), mas também em inscrições que Nabucodonozor deixou para a posteridade e onde proclamava o seu nome e fama.

Foram feitas várias profecias contra Babilónia, predizendo que a cidade seria destruída, tornando-se num local desabitado (Is 13; Is 14:1-23; Jr 50; 51). Esta profecia cumpriu-se gradualmente. Quando Ciro, o Grande, tomou a cidade em 539 AC, não houve qualquer violência e os Persas conquistaram-na ainda intacta, fazendo dela uma das capitais do novo império. Contudo, várias rebeliões contra o domínio persa nos reinados de Dario I e Xerxes levaram este último rei a punir a cidade, destruindo os seus palácios, templos e muros por volta de 480 AC. Ele aboliu também o título de “rei da Babilónia”, que tanto ele como os seus percursores tinham usado e fez de Babilónia uma simples província. Um século e meio depois, Alexandre, o Grande, planeou fazer dela a capital do seu império, mas morreu antes sequer de poder levar por diante os seus planos. Nenhum dos seus sucessores escolheu Babilónia como capital; Seleuco I Nicator, em 312 AC, construiu Seleucia nas margens do Tigre e fez dela a sua capital. 

Utilizou muito do material de construção vindo da antiga Babilónia. Desde então até agora, a cidade tem sido utilizada como pedreira de tijolos. O açude do rio Hindiya foi construído com antigos tijolos de Babilónia. Tal aconteceu também com a cidade de Hilla, 5.6 km a sul de Babilónia e muitas das antigas cidades em ruínas. A grande metrópole de outros tempos foi, assim, completamente saqueada.

Grandes montes de escombros marcam antigas secções de Babilónia. A norte fica Tell Babil, onde se situam as miseráveis ruínas do magnífico palácio de verão de Nabucodonozor; mais para sul fica Kasr, sob a qual se encontram as confusas fundações e muros em ruínas da principal área do palácio da cidade, agora amplamente escavada. A sul de Kasr ficam as ruínas de Amran, o local do precinto sagrado de Marduk, com o seu templo de Esagila soterrado sob vários pés de escombros e areia. 

As fundações da torre do templo estão agora cobertas de água, por causa da escavação do fosso. As muralhas da antiga cidade ainda podem ser vistas em vários locais e são claramente visíveis sob a forma de montículos baixos e paralelos que, na sua forma e altura, pouco diferem das margens dos antigos canais.

Babilónia é também mencionada no Novo Testamento. Pedro envia saudações à igreja de “Babilónia” (1Pe 5:13), querendo ele referir-se a Roma e não à pouco importante cidade que era tudo o que restava da Babilónia literal, conforme concordam geralmente os comentaristas. 

No antigo costume rabínico, “Babilónia” era um epíteto comum para Roma. No Apocalipse, Babilónia é o símbolo da oposição a Cristo e aos Seus seguidores (Ap 14:8; Ap 16:19; Ap 17:18).
Postado por Roberto
Extraído do Livro História da Bíblia
Abraço 

ACABE

ACABE
Heb. 'Ach'ab, "irmão do pai".
 
O Oitavo rei (se Tibni for contado) do reino do norte de Israel, filho e sucessor de Omri. Reinou durante 22 anos, de 874 a 853 B.C. 
 
Era casado com Jezabel, a filha de Etbaal, "rei dos sidónios" (1Rs 16:31). 
 
Era um grande líder militar, mantendo os moabitas subjugados (2Rs 3:4, 5; Pedra Moabita, linha 8). 
 
Viveu em termos pacíficos com os fenícios e manteve a paz com Judá, cujo príncipe herdeiro casou com a sua filha Atália (2Rs 8:18-26). 
 
Derrotou os sírios duas vezes em batalha, e possuía o maior exército de entre todas as nações desde a Assíria até ao Egipto. 
 
Apesar de gozar de grande sucesso tanto a nível militar como politico, Acabe era fraco em assuntos religiosos. 
 
Ele "fez mal aos olhos do Senhor mais do que todos os que foram antes dele" (1Rs 16:30). 
 
Numa batalha para tomar a cidade de Ramoth-Gilead Acabe foi mortalmente ferido (1Rs 22:2-36). 
 
O seu corpo foi levado para Samaria para ser sepultado, e, como o Senhor tinha predito através de Elias (1Rs 21:19), os cães lamberam o seu sangue, que tinha manchado o carro (1Rs 22:38).
 
Postado Por Roberto
Fonte: Bíblia Plenitude
Abraço
 

ABSALÃO

             ABSALÃO
Heb. 'Abshalôm e 'Abîshalôm, "meu pai é paz".
Terceiro filho de David com a sua mulher Maaca, filha de Talmai, rei de Gesur (2Sm 3:3). Era conhecido pela sua beleza (2Sm 14:25, 26). 
 
Para vingar o crime cometido pelo seu meio-irmão Amnon contra a sua irmã Tamar, ele matou Amnon fugindo de seguida para perto do seu avô Talmai, rei de Gesur, para escapar a uma possível represália da parte de David (2Sm 13:1-39). Cerca de três anos mais tarde, ao requisitar os serviços de uma mulher sábia de Tecoa, Joab conseguiu obter permissão para ele voltar para Jerusalém. Dois anos mais tarde ele reconciliou pai e filho (2Sm 14:1-33). 
 
Pouco tempo depois Absalão começou a conspirar contra o seu pai a fim de obter o trono, e proclamou-se rei em Hebrom (2Sm 15:1-12). 
 
Marchando contra Jerusalém, forçou David a fugir da capital e tomou posse do palácio real e do harém. Ignorou o conselho de Aquitofel e não perseguiu imediatamente as reduzidas forças de David, mas seguiu, como alternativa, o conselho do amigo de David Husai que consistia em mobilizar todo o exército de Israel antes de continuar a perseguição. Isto permitiu a David ter tempo para reorganizar as suas forças e preparar-se para o encontro decisivo (2Sm 15:13-2Sm 17:23).
 
A batalha teve lugar no "bosque de Efraim", algures em Gilead, provavelmente perto de Manaim. 
 
As forças de Absalão foram severamente derrotadas e na confusão da batalha Absalão ficou preso pela cabeça nos ramos de uma árvore, ficando pendurado indefeso. 
 
Enquanto nessa posição foi morto por Joabe contra a ordem explícita de David. Foi enterrado como um criminoso numa grande cova na floresta, e uma grande pilha de pedras foi erigida sobre a sua sepultura (2Sm 17:24-2Sm 18:17). 
 
Durante a sua vida Absalão erigiu para si um monumento, situado no "vale do rei" (2Sm 18:18), e, de acordo com Josefo (Ant. Vii. 10.3), ficava a cerca de 402 m de Jerusalém. 
 
O agora denominado Tumulo de Absalão situado no vale de Cedron em Jerusalém é um monumento do período Helenístico. De acordo com 2Sm 14:27 Absalão teve 3 filhos e uma filha chamada Tamar. 
 
A Maaca mencionada em 2Cr 11:20 e 1Rs 15:2, como filha de Absalão (ou Abishalom) era provavelmente sua neta. A Bíblia algumas vezes usa a expressão "filha" em vez de "neta".
 
Postado por Roberto
Fonte: Dicionário Bíblico
Abraço