sexta-feira, 25 de junho de 2010

ONDE ESTÁ O CENTRO DO MUNDO?



 Onde Está o Centro do Mundo?

Jerusalém é a cidade central da Bíblia. É a cidade mais importante da história. As civilizações do mundo Ocidental giram em torno de três cidades chaves: Jerusalém, Atenas e Roma. O legado dessas três cidades é muito forte até hoje. Pense a respeito das contribuições romanas e gregas para todas as culturas do mundo, especialmente as ocidentais. Ainda assim, o tempo está provando e, eu creio, ainda provará que Jerusalém é mais importante do que Roma ou Atenas. Hoje, embora isso possa parecer exagero, Jerusalém é mais importante do que Nova Iorque, Londres, Paris, Tóquio ou Pequim. É a cidade mais importante do passado, do presente e do futuro. Por quê? 

Essa é uma questão muito difícil para aqueles que não crêem em um Deus que tem revelado sua vontade para a humanidade através de um livro muito especial, a Bíblia. Para os crentes, a resposta é um tanto óbvia. Deus escolheu esse local para ser o “palco central” do grande drama da salvação da humanidade. Faz 2.000 anos que Jesus Cristo subiu a Jerusalém para ofertar-se como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Segundo a Bíblia, é para essa cidade que ele voltará em glória, como o Leão da tribo de Judá, como o Rei dos Judeus, como o Supremo Governador do mundo, como o Vencedor das Trevas, como o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.

Resumo Histórico

1. Primeira menção. O primeiro rei de Jerusalém chamava-se Melquisedeque. Naquela época, 2.000 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, a cidade chamava-se Salém. Desse nome vem a palavra shalom que significa paz. Melquisedeque era rei e sacerdote do Deus Altíssimo (El Elyon) e, sendo maior que Abraão, ele o abençoou, enquanto Abraão lhe separou o dízimo de tudo (Gn 14:18-20). De acordo com Hebreus 7, Melquisedeque foi uma figura de Cristo. 

Foi a esse local, especificamente ao Monte Moriá, que pai Abraão levou seu filho Isaque para ser sacrificado ao Senhor (Gn 22.1-19). Contudo, Isaque foi poupado. Dois mil anos mais tarde, justamente em Jerusalém, Deus Pai não poupou seu único Filho, mas o sacrificou para salvar o mundo.

2. Um lugar separado para Deus. Deus deu instrução a Moisés sobre um lugar específico, dentro da terra prometida, que ele escolheria para colocar o seu nome e sua habitação (Dt 12.5). Na prática, isso só veio acontecer mais de quatrocentos anos depois que Josué levou a nação de Israel para a terra prometida (At 13.19), quando Davi conquistou Jerusalém e, especificamente, a fortaleza de Sião (2 Sm 5.7). Até então, eram os jebuseus que ocupavam esse lugar, e foi necessário expulsá-los de lá para poder fazer de Sião, ou Jerusalém, a capital do seu reino. Deus deu testemunho de que era este o seu lugar escolhido na terra, conforme se pode ver em Salmo 132.13 e em muitos outros textos: Porque o Senhor escolheu a Sião, e desejou-a para sua habitação”.

3. Lugar do templo. No local exato em que Abraão ofereceu seu filho Isaque, Davi comprou um terreno de Ornã (ou Araúna), o jebuseu, para oferecer um sacrifício e deter o juízo de Deus sobre seu povo (2 Sm 24.18-25; 1 Cr 21.18-22.1). Essa compra está registrada no mais confiável documento histórico que a humanidade possui – a Bíblia. Foi nesse lugar também que seu filho, Salomão, edificou o primeiro templo (2 Cr 3.1), como casa para a habitação de Deus.
Este ponto ainda é um lugar de grandes conflitos, hoje chamado o Monte do Templo,onde se encontra o Muro das Lamentações e a Mesquita Muçulmana de Omar. Para os judeus, o local representa o último vestígio dos templos, primeiro e segundo, que já foram destruídos. O Muro em si é um muro de arrimo, feito por Herodes para ampliar o espaço de construção no monte. Para os muçulmanos, a Mesquita com seu famoso Domo da Rocha, foi o local de onde Maomé subiu ao céu.

4. Destruição do templo e da cidade.  O nome Jerusalém significa “fundação de paz”, no entanto sua história revela poucos períodos de paz. Por volta do ano 586 a.C., Nabucodonosor e os babilônios destruíram Jerusalém e o templo e levaram os judeus para o cativeiro. O povo de Deus foi exilado por causa da idolatria e dos seus muitos pecados, mas, apesar disso, anelava muito voltar à sua amada cidade e à terra que Deus lhe dera, e que ainda lhe pertencia por uma promessa dada pelo Senhor, sob juramento, a Abraão e a seus descendentes, pela linhagem de Isaque, para sempre.
Foi na Babilônia que surgiu este lamento: Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, apegue-se a minha língua ao paladar, se não me lembrar de ti, se não preferir Jerusalém à minha maior alegria” (Sl 137.5-6). 

5. Retorno de um remanescente. Depois de setenta anos de cativeiro, um pequeno grupo de exilados voltou a Jerusalém e, enfrentando diversas oposições e dificuldades, reconstruiu o templo. Alguns anos depois, reconstruiu os muros da cidade (veja relatos em Esdras e Neemias).

6. Tempo de Jesus. As profecias se cumprem e um filho nasce de uma virgem da descendência de Davi. Mas os judeus não o reconhecem como o Messias esperado.
Jesus, sabendo que mais uma vez os judeus seriam desterrados, chorou sobre Jerusalém dizendo: Ah! Se tu conhecesses, ao menos neste dia, o que te poderia trazer a paz! Mas agora isso está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te apertarão de todos os lados, e te derribarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem; e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação (Lc 19.42-44).

7. Mais destruição. Os romanos cumpriram a profecia de Jesus, com o general Tito, no ano 70. Jerusalém foi sitiada e derrotada, e o templo derrubado. Depois de nova revolta dos judeus em 132 d.C., o imperador Adriano destruiu totalmente a cidade de Jerusalém e proibiu os judeus de morarem ali. É a data do exílio definitivo do povo de Israel da sua terra, que durou até o início do século XX.

8. Jerusalém volta ao domínio dos judeus. Em 1948, Israel foi reconhecido novamente como uma nação, mas a cidade de Jerusalém só voltou ao seu domínio após a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Os conflitos, porém, não cessaram. Mais recentemente, depois de uma visita de Ariel Sharon ao Monte do Templo, em setembro de 2000, desencadeou-se a intifada, ou levante dos palestinos, causando milhares de mortes entre palestinos e israelenses. 

Hoje, Jerusalém é o mais cobiçado pedaço de terra no planeta. A cidade moderna tem 700.000 habitantes, sendo a grande maioria judeus. A antiga cidade murada tem uma população de 30.000. Ela é dividida em quatro áreas para (1) judeus, (2) cristãos armênios, (3) cristãos de várias denominações, incluindo ortodoxos, católicos romanos e anglicanos e (4) muçulmanos.

Os judeus reivindicam o direito de fazer de Jerusalém sua capital pelo fato de ter sido sua antiga capital por tantos anos, antes do nascimento de Jesus. Também deve ser dito que Jerusalém nunca foi feita capital por nenhum outro povo, durante os séculos em que esteve nas mãos de muçulmanos e turcos.

Qual será o futuro desta cidade? Estejamos atentos, tanto às Escrituras proféticas quanto aos jornais e notícias atuais. Embora não saibamos com detalhes tudo o que ainda acontecerá nessa cidade antiga, de uma coisa podemos estar certos: ela continuará no foco central dos acontecimentos até o fim (ver Zc 8.3,4,22; 12.2,3,8-11; 14.2-4).
por Harry Scates
Postado por Roberto
Fonte: Revista Impacto
Abraço

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