quinta-feira, 26 de maio de 2011

PASSAGENS DIFÍCEIS NA VEREDA DA FÉ

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Passagens Difíceis na Vereda da Fé
“Quanto aos demais, que se salvassem, uns, em tábuas, e outros, em destroços do navio. E foi assim que todos se salvaram em terra” (At 27.44).

 A história maravilhosa da viagem de Paulo a Roma, com suas provações e triunfos, é um excelente modelo das luzes e sombras que se encontram na vereda da fé ao longo de toda a história da vida humana. A característica mais notável dessa vereda são as passagens estreitas e difíceis que se intercalam com as mais extraordinárias intervenções e providências de Deus.
É muito comum imaginar que o caminho da fé é salpicado de flores e que Deus intervém na vida de seus filhos numa escala tão grandiosa que passam a viver bem acima do nível das dificuldades. A realidade, entretanto, é exatamente o contrário. Só encontramos provações e dificuldades quando nos dispomos a confiar em Deus. A história da Bíblia é uma verdadeira alternância entre aflição e triunfo no caso da cada um dos componentes da grande nuvem de testemunhas, desde Abel até o último mártir.
Veja a história dos patriarcas. Abraão saiu de sua terra, acreditando em Deus, para receber a promessa de uma gloriosa herança. A primeira coisa que encontrou na terra da promessa, porém, foi fome e desolação, compelindo-o a ir para o Egito para poder sobreviver. Sua vida inteira foi uma sucessão de passagens estreitas e provações dolorosas, e cada bênção precisava ser arrancada à força das garras de dificuldade e impossibilidade natural.
Assim também foi a vida sofrida de Isaque. Pequenas provações marcaram toda a jornada do patriarca. Seu filho preferido veio a ser um desapontamento amargo. Os poços que cavou no deserto se tornaram motivo de contendas enciumadas com seus vizinhos, e ele foi empurrado de um lugar para outro de tal modo que seus passos foram marcados por nomes associados somente à dor e tristeza.
A vida de Jacó foi um longo cenário de provações. No final da vida, mesmo depois de alcançar dias mais felizes, ele disse em retrospecto: “poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida” (Gn 47.9).
Mais do que toda a família patriarcal, José parecia ter nascido para ser provado. A visão inicial da sua fé era brilhante como o céu, mas logo em seguida foi escurecida por nuvens de traição e crime da parte de seus irmãos – longos anos de exílio, ignomínia, suspeita injusta e prolongada incerteza até que, por fim, “o ferro penetrou em sua alma”, e sua libertação, quando chegou, foi como o livramento de Paulo do naufrágio – por meio de incidentes providenciais, mas muito insignificantes.
Moisés, de modo semelhante, atravessou as passagens estreitas de dificuldade e aflição amarga, e a sua escolha foi “ser maltratado junto com o povo de Deus” (Hb 11.25).
Davi, rei de Israel e figura gloriosa de Cristo, mesmo após ter recebido a promessa do trono e ser ungido rei, foi caçado como perdiz nas montanhas de Judá e compelido a fugir de refúgio em refúgio nas cavernas e desertos. Ele foi salvo, vez após vez, por uma margem muito apertada.
Precisamos procurar algum outro exemplo quando temos o próprio modelo em pessoa, cujo nome é “Varão de Dores” e cuja vida foi aperfeiçoada “por meio de sofrimentos” (Hb 2.10)? Na infância, foi compelido a fugir para o Egito buscando proteção da mão sangrenta de Herodes. Ele não pôde ser poupado da agonia amarga do jardim e da cruz para completar com êxito a nossa redenção.
Assim como ele, o grande apóstolo Paulo foi um modelo, mais do que qualquer outra coisa, do sofrimento que um filho de Deus pode suportar. Sua primeira experiência após a conversão foi nesse sentido. Por conta do testemunho que deu do Senhor em Damasco, foi caçado pelos judeus e obrigado a fugir para salvar sua vida. Entretanto, não veio nenhuma carruagem celestial para carregar o santo apóstolo no meio de relâmpagos e trovoadas para fora do alcance dos inimigos, mas foi preciso descê-lo secretamente “num grande cesto [...] por uma janela da muralha” de Damasco (2 Co 11.33), para livrá-lo das mãos dos judeus. Num cesto de roupas velhas, como uma trouxa de lavanderia ou mercadorias, o servo de Jesus Cristo foi baixado da janela para fugir ignominiosamente do ódio de seus inimigos.
Em outras ocasiões, o encontramos abandonado por meses em calabouços solitários. Vemo-lo contando de vigílias e jejuns, da deserção de amigos, dos açoites brutais e vergonhosos diante de uma ralé insultuosa e de como, mesmo depois de receber, em visão celestial, a promessa de libertação, ficou por dias a vagar num mar tempestuoso, obrigado a vigiar marinheiros traiçoeiros e a dizer-lhes que eram indispensáveis para a salvação dos passageiros.
Por fim, quando chegou a libertação, não houve nenhuma caravela celestial descendo das nuvens para retirar o nobre prisioneiro. Nenhuma figura angélica aproximou-se, andando por sobre as águas e silenciando os furiosos vagalhões. Não houve nenhum sinal sobrenatural de um milagre transcendente sendo realizado em seu favor. Pelo contrário, um dos passageiros foi compelido a segurar uma verga, outro uma tábua flutuante; um subiu num fragmento do naufrágio, enquanto outro começou a nadar para salvar a sua vida. Foi assim que essa história estranha e, ao mesmo tempo, comum terminou: “... uns, em tábuas, e outros, em destroços do navio. E foi assim que todos se salvaram em terra.”

O Padrão de Deus para Nós
Amados, esse é o padrão de Deus para nós também. Aqui está um evangelho de ajuda para as pessoas que precisam viver neste mundo, em contextos reais e normais, com milhares de situações práticas que precisam ser solucionadas. As promessas e providências de Deus não nos elevam acima da esfera do senso comum ou das provações a que todos são sujeitos; pelo contrário, é justamente por meio dessas coisas que a fé é aperfeiçoada. Deus ama entrelaçar os fios dourados do seu amor com a trama e a urdidura da nossa experiência cotidiana.
É extremamente edificante compreender que temos um Deus que se faz presente nas circunstâncias e situações mais corriqueiras da vida. Quando ele permite que milhares de dificuldades e problemas nos cerquem de todos os lados, não significa que nos abandonou; ele virá libertar-nos, em resposta à oração, mesmo que demore, mesmo que estejamos em apuros, mesmo que nos sintamos tomados pela crise, nas próprias garras da destruição.
Portanto, não fiquemos desanimados se Deus permite que o caminho seja longo e difícil e que os pés se cansem. Ele ainda está conosco agindo de forma tão real como se fosse a coluna de nuvem e de fogo mostrando-nos o caminho no deserto. Quando caminhou com os dois discípulos para Emaús, Jesus agiu de maneira tão simples, tão despretensioso, tão semelhante aos outros que não reconheceram que era ele até que os corações começaram a arder por causa de suas palavras candentes e ensinamentos extraordinários.
Precisamos aprender a reconhecê-lo nos lugares difíceis da caminhada, a vê-lo nas pequenas coisas. Estejamos dispostos a enxergar a resposta às nossas orações e a realização do nosso propósito de vida nas coisas mais corriqueiras. Assim tudo se tornará sagrado, a vida será totalmente sublime e um dia “em lugar do espinheiro, crescerá o cipreste, e em lugar da sarça crescerá a murta; e será isto glória para o Senhor e memorial eterno, que jamais será extinto” (Is 55.13).

Passagens Difíceis Revelam Nossos Fracassos
Passagens difíceis são valiosas porque nos revelam a nós mesmos e mostram nossas insuficiências e fracassos. São os grandes instrumentos jateadores que Deus utiliza na obra de escavação espiritual, necessária antes do trabalho mais elevado de construção de vida e caráter. Nunca sabemos que graças e qualidades nós possuímos até que venha a provação; a fé e a coragem que brilharam com tanto fulgor no momento de entusiasmo e inspiração encontram ali seu verdadeiro nível de intensidade, e a alma é obrigada a recorrer, em sua nulidade e impotência, somente a Cristo e a encontrar nele sua vida e sustento.
Este era o propósito das provações de Jacó: levá-lo até o fim de sua vida natural. Era também o propósito das aflições de Jó: matar sua confiança de justiça própria. Foi a bênção que veio após a queda de Pedro: quebrou seu orgulho e autossuficiência e o levou a apoiar-se no seu Senhor e a encontrar força somente em Cristo.
É por isso que o Senhor ainda nos prova, a fim de convencer-nos definitivamente de que nossa avaliação da própria força é totalmente falsa e exagerada, e de levar-nos para o lugar onde possamos realmente dizer:“não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20).

 Passagens Difíceis Revelam os Recursos de Deus
As passagens difíceis também nos ajudam a conhecer os recursos de Deus. É somente em circunstâncias difíceis que conhecemos sua total suficiência. Primeiro é preciso ficar em silêncio para, só depois, observar a salvação de Deus (2 Cr 20.17). Quando Israel parou de agir por conta própria, Deus revelou seu poder. Ele explicou ao povo que os levou através do deserto e os expôs a situações em que não havia suprimento natural de espécie alguma a fim de ensinar-lhes que ele era adequado para qualquer necessidade e que “não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem” (Dt 8.3). Deus somente pode se tornar real para nós na medida das nossas necessidades reais, e cada situação de dificuldade é somente um vaso para ele encher e uma ocasião para revelar-se em infinita sabedoria, poder e graça.
O apóstolo Paulo nos conta, portanto, que foi exposto a toda sorte de dificuldade a fim de que o poder de Cristo pudesse repousar sobre ele de acordo com suas necessidades. Por causa disso, ele considerava bem-vinda qualquer nova situação como mais um vaso para Deus encher e mais uma ocasião para ele dizer: “A minha graça te basta” (2 Co 12.9).
Amados, estamos provando e experimentando que ele é, de fato, suficiente para todas as condições da nossa vida, gloriando-nos em poder contar ao mundo que nosso Deus suprirá todas as nossas necessidades de acordo com suas riquezas em glória em Cristo Jesus?

Passagens Difíceis nos Ensinam Fé
Provação é o solo frutífero da confiança. Dificuldades são os incentivos divinos que demandam e desenvolvem nossa confiança na fidelidade e no amor de Deus.
É tão fácil nos apoiarmos em coisas que podemos ver e sentir que é uma experiência totalmente nova permanecer sozinhos e andar com o Deus invisível, como Pedro andou sobre o mar. Mas é a lição que teremos de aprender se quisermos habitar no reino eterno; a fé será nosso único sentido, e Deus será tudo em todos. De maneira muito gentil, ele ajusta a provação à nossa força frágil, e nos conduz adiante à medida que nos tornamos capazes para mais e mais.

Passagens Difíceis nos Ensinam a Orar e Amar
As passagens difíceis nos ensinam a orar e nos constrangem a ficar bastante tempo a sós com Deus. Elas colocaram Jacó de joelhos no vau de Jaboque (Gn 32.22-23). Ensinaram Davi a encontrar o “esconderijo do Altíssimo” (Sl 91.1). Transformaram a vida de Paulo numa dependência incessante da presença do Senhor, e têm inspirado e sustentado a comunhão divina que a maioria de nós aprendeu a experimentar como recurso supremo e solução para nossa vida.
É muito humilhante reconhecer que Deus precisa aconchegar seus filhos aos seus braços por intermédio de sofrimento e necessidade. Mas, lamentavelmente, é muito comum as facilidades e o conforto nos levarem a pelo menos uma independência parcial de Deus. Nossos momentos mais espirituais e os períodos em que Deus esteve mais perto de nós têm sido aqueles em que poderiam ser nossas estas palavras: “... conheceste as angústias da minha alma” (Sl 31.7).
Passagens difíceis ensinam-nos a amar. Quando Deus quer suavizar e refinar nosso espírito e responder às nossas orações por um batismo de paciência e amor, ele precisa permitir que a disciplina do mau tratamento, da injustiça e até da ofensa mais severa nos obriguem a ir até ele buscando o amor que “tudo sofre,” que “tudo suporta”. Com toda a certeza, descobrimos primeiro que não temos amor adequado para a prova. À medida que o Espírito Santo nos convence do nosso pecado, ele nos guia até a fonte verdadeira da força. Então, enquanto aprendemos a lição de humilhação, ele nos guia dia a dia em provas mais profundas e refinamento mais apurado até que tenhamos condições de agradecer-lhe pelo fogo que nos trouxe mais da graça do seu Espírito e do seu amor que tudo vence.
Passagens difíceis ensinam paciência. Paciência é a graça suprema da vida cristã, e quando sua obra em nós é aperfeiçoada, nos tornamos “perfeitos e íntegros, em nada deficientes” (Tg 1.4). Portanto, geralmente a derradeira e suprema lição da vida espiritual nos é ensinada na escola do sofrimento.
Passagens difíceis ensinam coragem. Elas removem o temor do sofrimento, a tristeza da dor, e nos capacitam a nos revestir da força e coragem do Senhor e a subir acima do poder do medo até podermos abraçar a luta e permanecer firmes com as cicatrizes do conflito e da vitória como bons soldados de Cristo.

Passagens Difíceis São para a Glória de Deus
 Passagens difíceis fazem de nós modelos e lições vivas para ajudar outros e para trazer glória a Deus, mostrando ao mundo o que Cristo pode fazer pelos seus filhos, e o que a vida de Cristo em nós pode realizar onde outros falharam. Deus quer que sejamos um espetáculo para os anjos e para os homens, para mostrar-lhes pelo nosso exemplo que Cristo pode guardar em qualquer situação, e que o poder de sua graça é prático, sobrenatural e adaptado a cada vida humana.
Passagens difíceis nos qualificam para ajudar os outros por meio das lições que aprendemos com nossa própria experiência. O coração insensível e imaturo é pouco qualificado para confortar, aconselhar e abençoar um mundo em sofrimento. Deus precisa forjar primeiro em nós aquilo que precisamos repartir aos nossos semelhantes. A dolorosa provação de uma experiência real nos qualifica a confortar, fortalecer e encorajar as almas às quais fomos enviados por Deus, e para quem podemos dizer: “Eu estive lá, e posso falar da profundeza da minha própria experiência que ‘o meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus’” (Fp 4.19).
Passagens difíceis tornam Cristo real, tão real quanto a dificuldade. São as estampas celestiais pelas quais as mensagens de Deus e suas comunicações de graça e bênção são gravadas em nós e permanecem em destaque na nossa vida. Primeiro, a imagem é recortada, depois é queimada dentro do cartão pelo carimbo pesado e pela chama flamejante; só depois de tudo isso é que se torna o que chamamos de alto relevo, de maneira que todos podem ver e senti-lo.
Assim, Deus corta e queima suas mensagens em vidas humanas até que Cristo se torne tão real para nós quanto as lágrimas que derramamos, os temores que nos faziam estremecer, as tristezas que quase nos sobrepujavam e as dificuldades que surgiam como montanhas diante de nós – de tal maneira que as lembranças mais doces da nossa vida são as passagens difíceis que se tornaram pedras firmes no meio do rio e monumentos de coisas divinas e celestiais.
Passagens difíceis obtêm para nós coroas eternas. Tornam-se ocasiões de vitória e galardão. O soldado de Cristo está ganhando um histórico e uma coroa que nunca desaparecerão. 
fonte: Extraído do jornal Arauto da Sua Vinda
Abraço

DESMASCARANDO UM MITO SOBRE JERUSALÉM COMO CAPITAL DA PALESTINA

Desmascarando um mito sobre Jerusalém como capital da Palestina

Quando se fala aos israelenses que apóiam uma capital palestina em Jerusalém, eles invariavelmente explicam seu apoio nos seguintes termos: na parte oriental de Jerusalém vivem muitos árabes. Normalmente essas pessoas não estão conscientes de que, quando os palestinos falam em ocupar Jerusalém, eles não estão se limitando a algumas áreas afastadas – eles querem dizer a Cidade Velha. Sim, isso inclui o monte do Templo.

Recentemente, o presidente da Autoridade Palestina (AP) descartou claramente a noção de que eles estariam satisfeitos tendo somente uma presença em Jerusalém. O senhor Abbas, um homem que nega que Jerusalém foi a capital do povo judeu na Antigüidade, disse: “A liderança palestina mantém sua posição de que o bairro Armênio é parte integrante de Jerusalém Oriental, a capital do Estado independente da Palestina”.

Abbas falou em uma reunião com cristãos, na qual comprometeu-se a ajudar a melhorar a Igreja da Natividade em Belém e disse que a AP faria mais para salvar e preservar os árabes cristãos.
Em Belém, a antiga comunidade cristã vem definhando até ao ponto em que provavelmente desaparecerá em um futuro próximo. Na foto: a Igreja da natividade.

O fato é que, sob o governo muçulmano, os árabes cristãos estão se tornando um grupo extinto. Na AP e em todo o mundo árabe, os cristãos se tornaram alvos de ataques mortais por parte dos islamitas. Em Belém, a antiga comunidade cristã vem definhando até ao ponto em que provavelmente desaparecerá em um futuro próximo. Quando os palestinos tomaram o controle completo da cidade, um cristão palestino, cuja família havia morado em Belém desde tempos antigos, disse que os muçulmanos tornam impossível a vida dos não-muçulmanos sob o governo deles.

Nina Shea, diretora do Centro de Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, criticou recentemente o governo Obama por fracassar em dar assistência aos cristãos que estão sob ataque em terras muçulmanas. A senhora Shea disse que, à luz da recente onda de violência contra os cristãos, “a falta de respostas políticas que vão além de enviar condolências a cada vez que uma igreja ou cristãos são alvejados em algum ato horrível de violência, como aconteceu no Egito, no Iraque, na Nigéria, etc., é absolutamente chocante”. Nina Shea disse à FoxNews.com: “Isso deveria ser visto não apenas como uma questão humanitária, mas como uma questão de segurança”. 

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, maio de 2011.

JERUSALÉM, PROVA DA FELICIDADE DE DEUS

Jerusalém, Prova da Fidelidade de Deus

Mesmo quando não percebemos, os olhos de Deus sempre velam sobre nós. Isso também é válido para o povo de Sua Aliança, Israel. Um evento do tempo de Esdras sublinha esse fato. Tanto naquela época quanto hoje, Jerusalém foi e é uma prova da fidelidade de Deus!

Israel está ininterruptamente na boca de todos

Não porque as cidades israelenses são bombardeadas por mísseis do Hamas, mas porque, vez por outra, Israel revida, fazendo uso de seu direito de auto-defesa. Mas assim que Israel se defende, o mundo grita e xinga, sendo as Nações Unidas (ONU) e a União Européia (UE) os mais apressados em fazê-lo.

É evidente que cada vítima é uma vítima demais, seja do lado israelense ou do lado palestino. Mas o que mais preocupa a nós, cristãos amigos de Israel, é a profunda hipocrisia manifestada pelo mundo inteiro. Quando as vítimas são dos inimigos de Israel, um clamor enche a mídia. Mas quando morrem pessoas inocentes em Israel, impera o silêncio.

Israel, porém, continuará sendo o povo da Aliança divina. Isso significa que Ele mesmo, o Deus de Israel, vela por Seu povo. Não estamos dizendo que Israel é santo; mas testificamos que existe um Deus Santo que cumpre Sua Palavra! Por essa razão é que, ainda hoje, o Senhor cumpre o que disse e vela por Seu povo, como tem feito desde os tempos antigos. Sim, Jerusalém foi – e é continuamente – uma prova da fidelidade divina! Vamos, agora, analisar um dos fatos que evidenciam a fidelidade de Deus.

Oposição à edificação do Templo

Esdras 4 fala dos judeus que tinham retornado da Babilônia e estavam trabalhando na reconstrução do Templo. Infelizmente, esse trabalho logo passou a ser duramente combatido por opositores declarados: “Ouvindo os adversários de Judá e Benjamim que os que voltaram do cativeiro edificavam o Templo ao Senhor, Deus de Israel, chegaram...” (Ed 4.1-2). 

Qual foi a estratégia dos antagonistas daquela época? Eles se infiltraram no meio dos judeus que edificavam: “...e lhes disseram: Deixai-nos edificar convosco...” (Ed 4.2). Mas logo “alugaram contra eles conselheiros para frustrarem o seu plano...” (Ed 4.5). Além disso, os oponentes escreveram três cartas difamatórias. E por meio de uma dessas cartas o trabalho de edificação da Casa do Senhor acabou sendo paralisado: “Cessou, pois, a obra da Casa de Deus, a qual estava em Jerusalém; e isso até ao segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia” (Ed 4.24). É assim que termina o triste capítulo 4 do Livro de Esdras.

Deus mantém a supremacia

Israel é e continuará sendo a menina dos olhos de Deus. Quem toca nessa menina dos olhos terá de se acertar com o Deus Todo-Poderoso!

Se compararmos o último versículo do capítulo 4 com Esdras 5.5, vemos uma enorme diferença: “Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, de maneira que não foram obrigados a parar”.“Ora, os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus que estavam em Judá e em Jerusalém, em nome do Deus de Israel, cujo espírito estava com eles” (Ed 5.1). O próprio Deus, o Senhor, mostrou que era Ele quem detinha todo o poder, apesar das aparentes vitórias dos inimigos. Como se explica isso? É bem simples: nesse intermédio havia acontecido algo muito importante: 

O Senhor começa uma obra e sempre a termina, mesmo que todo o poder do inferno se levante em oposição. Justamente por isso, Jerusalém é até hoje uma prova da fidelidade divina. Quantas vezes já se tentou acabar com Jerusalém? Mas o Senhor velou e vela pessoalmente até aos dias de hoje sobre Sua cidade. Assim foi no tempo de Esdras: Deus mesmo velou para que a cidade – e especialmente o Templo – fossem reconstruídos.

A forma negativa com que termina Esdras 4 contrasta fortemente com o início do capítulo 5. É animador ver o Senhor interferindo: Ele o fez depois que um grande desânimo tomara conta dos judeus que edificavam, como está descrito em Esdras 4.24. Deus tem tudo sob Seu controle até nos mínimos detalhes! Gostaria que meus leitores se concientizassem dessa verdade de uma vez por todas: Deus nunca chega tarde! Ele não chega atrasado para Israel, nem para nós. O momento que Ele escolhe para vir e ajudar em alguma causa é sempre o momento certo, o melhor momento. 

Na verdade, Ele nem precisa vir, pois sempre está presente, ainda que, às vezes, não percebamos Sua presença na nossa vida. Preste mais atenção no que diz Esdras 5.1: “...em nome do Deus de Israel, cujo Espírito estava com eles”. A presença de Deus era fato consumado; Deus não precisava aparecer para poder ajudar. Ele estava ali, Ele sempre esteve ali!

Deus detém a visão do todo

Na Nova Versão Internacional (NVI) lemos em Esdras 5.1: “...em nome do Deus de Israel, que estava sobre eles”. Isso nos lembra do relato da Criação. Em Gênesis 1.2 está escrito: “A terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”. Do que se trata aqui? O caos imperava literalmente, havia uma confusão completa sobre a face da terra. 

Essa passagem não se assemelha curiosamente a Esdras 5.1? Apesar da desordem que reinava antes da Criação, Deus detinha o controle total da situação, pois o Seu Espírito pairava sobre as águas. 1 Coríntios 14.33 diz: “Porque Deus não é de confusão, e sim de paz...” O Espírito de Deus pairando sobre o caos prova que o Senhor não tinha perdido o controle da situação, pelo contrário.

Encontramos exatamente o mesmo na história do livro de Esdras. A cidade do Grande Rei, a cidade do Senhor, não estava simplesmente abandonada naquela situação aparentemente sem saída. Os inimigos não podiam fazer ou deixar de fazer o que bem entendiam. Quando começou a angústia (em Esdras 4), quando surgiram em cena os oponentes, Deus estava lá. E quando foram escritas as cartas difamatórias, fazendo com que a edificação fosse totalmente paralisada, o Senhor tomava conhecimento minucioso de tudo. Ele não perdeu de vista nem um único detalhe, pois estava sobre todos, pairava “sobre eles” por meio do Seu Espírito.
Jesus não perdeu a visão do todo em sua vida. Por mais confusa e complicada que esteja sua situação, os olhos dEle repousam sobre você.

No momento certo o Senhor mostrou que estava lá quando enviou os profetas Ageu e Zacarias para encorajar os judeus desanimados. E que nova arrancada aconteceu então! Ela está descrita em Esdras 5.2: “Então, se dispuseram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua, filho de Jozadaque, e começaram a edificar a Casa de Deus, a qual está em Jerusalém; e, com eles, os referidos profetas de Deus, que os ajudavam”.

Longe ficaram toda a preocupação e o desalento! Eles agora construíam e edificavam, e a mão poderosa de seu Deus os protegia maravilhosamente de todos os ataques inimigos. Assim acontece até hoje. Israel é e continuará sendo a menina dos olhos de Deus. Quem toca nessa menina dos olhos terá de se acertar com o Deus Todo-Poderoso! Jerusalém é e continuará sendo uma prova da absoluta fidelidade divina.

O inimigo não descansa

“Nesse tempo, veio a eles Tatenai, o governador daquém do Eufrates, com Seter-Bozenai e os seus companheiros e assim lhes perguntaram: Quem vos deu ordem para reedificardes esta casa e restaurardes este muro? Perguntaram-lhes mais: E quais são os nomes dos homens que constroem este edifício?” (Ed 5.3-4). Em outras palavras, eles perguntaram: “Com que autorização vocês fazem isso? Quem deu ordens para edificar?”

Mas Deus cuida muito bem do Seu povo, e cumpriu-se de uma forma maravilhosa aquilo que Moisés já havia dito aos israelitas: “O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis” (Êx 14.14). Nada lemos acerca de uma resposta dos judeus; apenas está escrito de uma forma simples, mas cheia de expressividade: “Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, de maneira que não foram obrigados a parar...” (Ed 5.5). Os olhos de Deus sobre os anciãos de Israel eram a absoluta segurança de que os judeus, sob sua liderança, poderiam continuar construindo; nada, nem ninguém, poderia impedi-los.

Os inimigos escreveram mais uma carta ao rei da Pérsia para barrar a reedificação do Templo. Mas essa carta foi um grande gol contra. Pois o rei Dario examinou a fundo o assunto e, pesquisando nos arquivos reais da Babilônia, deparou-se com a ordem escrita do rei Ciro autorizando a reedificação do Templo judeu. Essa ordem levou Dario a dirigir palavras severas aos oponentes dos judeus: “Agora, pois, Tatenai, governador dalém do Eufrates, Seter-Bozenai e seus companheiros, os afarsaquitas, que estais para além do rio, retirai-vos para longe dali. Não interrompais a obra desta Casa de Deus, para que o governador dos judeus e seus anciãos reedifiquem a Casa de Deus no seu lugar” (Ed 6.6-7).


Assim Deus agiu em favor dos judeus em Jerusalém; e foi assim que Jerusalém mais uma vez tornou-se a prova da fidelidade divina. A todos os amigos de Israel, cujos corações estão tristes por causa das injustiças feitas ao povo de Deus, eu gostaria de dizer: não desanimem, pois o mesmo Deus que velava por Seu povo naquela época, ainda hoje vela por ele.

Deus tem um plano

Tudo que você tiver de enfrentar, passou antes diante dos olhos do Senhor. Ele, por assim dizer, está com você no mesmo barco.

Talvez alguém pergunte: Por que a ajuda do Senhor não aconteceu já em Esdras 4? É simples: porque ainda não era chegada a hora. Sempre podemos partir do princípio de que em tudo o que acontece neste mundo, nos grandes eventos globais ou nas pequenas coisas do nosso dia-a-dia, Deus tem um plano. Não conhecemos Seus planos, e os entendemos menos ainda, mas é fato que Deus trabalha seguindo um plano pré-determinado. Por isso, às vezes temos dias de lutas em nossa vida, e depois vêm dias de paz e tranqüilidade. Isso não significa que Deus seja o causador das nossas lutas recorrentes. Os responsáveis por elas são os nossos próprios pecados e o grande oponente de Deus, Satanás. No Éden, o Diabo destruiu a perfeita harmonia e a paz divina ao atrair os primeiros seres humanos para o pecado. Desde então, infelizmente, a luta impera neste nosso mundo.

Essa luta, porém, foi decidida definitivamente no Gólgota, quando Jesus Cristo morreu na cruz. Naquela hora Satanás foi derrotado. Apesar disso, o adversário vencido continua lutando: “Sede sóbrios e vigilantes. O Diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pe 5.8).

Deus, que detém todo o poder em Suas mãos, sabe dessas lutas e conta com elas no desenrolar de Seu plano que traçou para Israel, para o mundo e para você, pessoalmente. Quando vê que é chegada a hora, Ele interfere e nos concede alento e um fortalecimento tão grande como naquela época aos judeus em Esdras 5.5.

Será que, no momento, sua vida está completamente caótica? A inquietação e a preocupação caracterizam seu cotidiano? Você se sente muito longe de Deus, ouvindo nitidamente o rugido e o resfolegar do inimigo? Se a resposta é sim, eu gostaria de dizer-lhe hoje: Jesus vê a Sua vida inteira, vê cada detalhe, Ele não perdeu a visão do todo em sua vida. Por mais confusa e complicada que esteja sua situação, os olhos dEle repousam sobre você. Jesus prometeu antes de Sua ascensão: “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20). 

Lembre dessas palavras, deixe-as calar fundo em seu coração. Jesus está dizendo: mesmo até o fim do mundo, os filhos de Deus serão protegidos. “Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no meio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam” (Sl 46.2-3).

Você sabia que os olhos do Senhor velam por você assim como velavam sobre os judeus que edificavam o Templo? E que eles continuam velando pelo Seu povo Israel até hoje? O Salmo 32.8 explica: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho”. O que mais poderíamos desejar?

Os olhos do Senhor penetram na mais negra escuridão e nada fica oculto diante dEle. Apocalipse 1.14 testemunha que os olhos de Deus são “como chamas de fogo”. As situações que já escaparam há muito do nosso controle estão completamente expostas diante do Senhor e sob o Seu domínio poderoso. Você crê nisso, de todo o coração? Talvez você diga que sente tão pouco da supremacia de Deus, que não percebe Jesus junto de si, que nada sente do poder de Jesus nem dos Seus olhos velando e dirigindo a sua vida.

Pergunto: será que os judeus que edificavam o Templo tinham uma percepção nítida da presença e do cuidado de Deus? Será que eles sentiam o olhar do Senhor pousado sobre eles? Penso que não (veja Ageu 1). Apesar disso Deus, o próprio Senhor, estava do lado de Sua cidade, apoiando, cuidando, zelando e velando, e fazendo de Jerusalém mais uma vez uma prova de Sua fidelidade.

Deus não é passivo

Os olhos do Senhor velam por Israel, como sempre velaram, porque Ele o prometeu! O Senhor velava por Sua cidade, Jerusalém, nos tempos de Esdras, mesmo que tudo parecesse o contrário.

Qual é a diferença entre Esdras 4 e 5 pela perspectiva humana, e qual é a diferença do ponto de vista divino? Pelo lado da visão humana, a diferença é enorme. Esdras 4 é um capítulo deprimente. Esdras 5 é um capítulo triunfal. Por que avaliamos esses capítulos dessa forma? Por que, na nossa perspectiva humana e superficial, em Esdras 4 Deus estava passivo, enquanto no capítulo 5 Ele se torna ativo e interfere nos fatos. 

Mas foi isso mesmo? Humanamente, sim, mas pela perspectiva divina, de forma alguma. Para Deus nem existe diferença entre Esdras 4 e Esdras 5! Pois o Senhor estava ativo o tempo todo (veja Ed 5.1). Deus não precisava aparecer para poder ajudar. Ele já estava ali, Ele sempre esteve presente.

Prezado leitor, se hoje você pensa que o Senhor tornou-se passivo em relação à sua vida, então preciso contradizê-lo com veemência. Pense nos discípulos quando entraram numa forte tormenta no lago de Genesaré: “E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia. Mas os discípulos vieram acordá-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos! Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança” (Mt 8.24-26).

Pergunto: Jesus estava no barco quando a tempestade começou, ou Ele não estava? Claro que estava lá. Mas Ele dormia. Isso deixou os discípulos tão agitados que se portaram como se Jesus nem estivesse ali. Aliás, Ele havia subido ao barco ainda antes deles: “Então, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram” (Mt 8.23). Tudo que você tiver de enfrentar, passou antes diante dos olhos do Senhor. Ele, por assim dizer, está com você no mesmo barco. Seus olhos repousam sobre sua vida em toda e qualquer circunstância. Seria uma grande honra para o Senhor se você confiasse nEle incondicionalmente, de modo especial nas horas em que é mais difícil confiar. Aos discípulos, Jesus teve de dizer: “Por que vocês estão com tanto medo, homens de pequena fé?” (Mt 8.26, NVI). Em outras palavras: “Por que tanta afobação, eu estou aqui com vocês!”

O Senhor está conosco nas situações mais difíceis – o tempo todo. E Ele também está presente com Seu povo, Ele está junto do Seu povo, agindo em seu favor. Os olhos do Senhor velam por Israel, como sempre velaram, porque Ele o prometeu! O Senhor velava por Sua cidade, Jerusalém, nos tempos de Esdras, mesmo que tudo parecesse o contrário. E o Deus de Israel está ainda hoje do lado de Seu sofrido povo de Israel, fazendo dele uma prova diária da fidelidade divina!

Confie no Senhor sem reservas! Entregue-se confiadamente a Ele, especialmente quando parece que tudo dá errado. Ele está com você e, com Sua presença, mais uma vez prova o quanto é fiel!

Muitas pessoas já experimentaram a grande mudança entre confiar e não confiar no Senhor, provando como é real o poder de Jesus! 

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, abril de 2011.

terça-feira, 24 de maio de 2011

VOCÊ COMPREENDE A ÉPOCA EM QUE ESTÁ VIVENDO!!

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Você Compreende a Época Em Que Está Vivendo?
O texto a seguir foi adaptado de uma mensagem ministrada na Conferência Clamor do Coração (Heart-Cry) da região sudeste (EUA) em março de 2010, no Tennessee, EUA.
Usado com permissão (www.heartcrysoutheast.com).

Estamos vivendo dias cruciais. Por toda parte, em diversos países, há ataques sutis e abertos contra a influência cristã, contra a Bíblia e, até mesmo, contra a menção ou a honra a Deus. Isso nos coloca num momento muito significativo na história. É uma época em que devemos falar e não deixar que o mundo ao nosso redor retire os fundamentos da sociedade e da civilização.
No livro de Atos, lemos sobre a descida do Espírito Santo e como os discípulos ficaram inundados na poderosa presença de Deus e envolvidos em sua atividade. A partir desse envolvimento do Espírito Santo na vida dos discípulos, não demorou muito para que se dissesse: “Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui” (At 17.6). Seria maravilhoso se a nossa nação começasse a dizer: “Alguns cristãos tiverem um encontro com o Cristo vivo e ressurreto, o Espírito Santo os encheu e agora estão sendo usados por Deus para virar nossa nação e o mundo de cabeça para baixo!”
A nossa nação precisa de um toque profundo de Deus? O único meio de que Deus dispõe para virar o mundo de cabeça para baixo é o povo dele. No geral, porém, temos fugido do relacionamento íntimo com Deus e estamos simplesmente praticando atividades religiosas. Você está disposto a dizer: “Senhor, não quero só pensar a respeito da morte e da ressurreição de Cristo; quero estar envolvido no teu propósito eterno, e isso inclui o Pentecostes”.
Jesus disse aos seus discípulos: “... permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Eles permaneceram, foram revestidos com poder do alto – e viraram o mundo da época de cabeça para baixo. O Senhor que disse aquelas palavras é o mesmo Senhor que está falando hoje para mim e para você. Não seria uma tragédia conhecer a verdade de Deus e, depois, ignorá-la, permitindo que nossa vida continuasse exatamente a mesma, não fazendo a mínima diferença no mundo em que vivemos?
                        
Avivamento à Maneira de Jesus
Há duas passagens importantes nas Escrituras que mostram como Jesus falava sobre avivamento. A primeira está em Mateus 4.17-25. O versículo 17 é crucial: “Daí por diante passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. A seguir, estendeu um convite a quatro pescadores: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. Se eles o seguissem, experimentariam o que Jesus estava anunciando. Em outras palavras, ele estava dizendo: “Se você não estiver experimentando a presença total, o poder e a atividade de Deus em sua vida neste momento, é porque está caminhando na direção errada”.
Eu diria a mesma coisa para você hoje. Se você é um filho de Deus, um verdadeiro crente, a expectativa de Deus é que você experimente, dia após dia, a presença poderosa, o poder e a atividade de Deus. Na sua vida pessoal, Deus transtorna e rearranja todas as coisas. Na sua família, haverá encontros inesperados de Deus com seus filhos. Seja como for, você precisa ser capaz de perceber a atividade do Deus Todo-poderoso expressando-se em sua vida e por meio dela.
Portanto, Jesus olhava para as pessoas e dizia-lhes que precisavam se arrepender. Em outras palavras, estavam andando na direção errada. Arrependimento significa dar meia volta e ir numa nova direção. Jesus estava ali no meio daquelas pessoas, dizendo: “Vocês precisam se arrepender. Precisam dar meia volta e me seguir, e a razão para isso é o Reino dos céus que está chegando – o próprio governo e a atividade de Deus estão pertinho de vocês.”
Aqueles pescadores deixaram suas redes no mesmo instante e começaram a seguir Jesus. Ao ler o restante de Mateus 4, você verá que eles jamais teriam experimentado a proximidade de Deus e de sua atividade se tivessem continuado com o que estavam fazendo (pescando). Foi preciso largar suas redes e seguir Jesus.
Assim que começaram a seguir Jesus, viram pela primeira vez o que acontece quando todos os recursos dos céus estão disponíveis na vida de alguém. Um cego recebeu visão, o surdo ouviu, o coxo saltou, os mortos voltaram à vida, tempestades se acalmaram e multidões foram alimentadas.
Ao chamar os pescadores para o arrependimento, Jesus estava dizendo: “Vocês estão na direção errada porque é óbvio que não estão experimentando a plenitude da presença de Deus. Sigam-me e vejam na prática como o Reino dos céus está perto”.
O mesmo se aplica a nós. Você sabia que o Reino dos céus está ao seu lado, que o governo de Deus está pertinho de você? Deus deseja colocar todos os recursos do céu na sua vida. Se você não está experimentando a proximidade do céu, você precisa arrepender-se. Você precisa dizer para Deus: “Acho que estou na direção errada. Preciso dar meia volta e caminhar num relacionamento íntimo e vivo com o meu Senhor.” Isso não deve ser uma mera afirmação teológica. É um convite prático da parte de Deus.
Todo grande avivamento na história levou as pessoas a caírem de joelhos em arrependimento e, ao mesmo tempo, liberou para elas os recursos sobrenaturais de Deus. Um grande exemplo disso foi o mover de Deus, no início do século 20, por meio de Evan Roberts, um jovem no País de Gales. Ele estava num instituto bíblico e ouviu um pregador visitante dizer: “A grande necessidade hoje é que Deus dobre a igreja de volta para a sua vontade”. Evan Roberts prostrou-se diante de Deus e exclamou: “Oh Senhor, tu não poderias dobrar a mim?” Deus viu seu coração e o atendeu. A história registra que nos seis a oito meses seguintes 100 mil pessoas tiveram uma experiência viva com Cristo por intermédio de Evan Roberts e aqueles que se uniram a ele.
O que aconteceria se Deus fizesse esse tipo de coisa na vida de cada leitor deste artigo? Que impacto isso teria sobre a nação (e o mundo)? Lemos relatos e testemunhos, mas não temos intenção alguma de deixar Deus fazer algo semelhante em nós. Estamos numa zona de conforto. O avivamento sempre nos tira da zona de conforto. Gostaríamos de pedir: “Senhor, quero que me abençoes onde estou, mas não mudes nada na minha vida”. Porém, Deus não pode trazer avivamento desse jeito. Ele precisa lhe dizer: “Arrependa-se!” Quer dizer, dê meia volta e procure saber para onde Cristo está caminhando.
Deus sempre está agindo perto de você, procurando conduzi-lo a um relacionamento íntimo com ele. Quando você o percebe e procura corresponder, uma crise de fé é gerada em sua vida. Mas ele deixará bem claro o que está lhe dizendo. É o que você fizer a seguir que revelará o que crê a respeito de Deus.
Quando ele abre sua mente para uma passagem nas Escrituras ou fala de outra maneira, ele observa para ver sua resposta. Gostamos muito de dizer: “Senhor, eu sou teu servo”. Mas ele pode responder: “Eu ainda não percebi isso porque quando falo com você não há nenhuma resposta. Você quer que eu fale, mas não faz conexão alguma entre a minha palavra e a sua vida. Quando eu falo, você deveria tremer e responder imediatamente”.
Quando Jesus falou com os discípulos, eles deixaram tudo na mesma hora e o seguiram; por isso, tiveram uma experiência com o Reino de Deus como nunca antes.

Discernindo o Tempo Hoje
A segunda passagem que considero crucial para os nossos dias está em Lucas 12.54-56 e no início do capítulo 13. Num momento muito significativo na vida de Jesus, ele se voltou para as multidões, incluindo os discípulos, e fez uma afirmação muito simples: “Quando vedes aparecer uma nuvem no poente, logo dizeis que vem chuva, e assim acontece. E, quando vedes soprar o vento sul, dizeis que haverá calor, e assim acontece. Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu e, entretanto, não sabeis discernir esta época?”
Ele estava se referindo ao fato de que em todo o Velho Testamento Deus havia previsto a vinda do único Salvador que seria dado para o mundo. As Escrituras indicaram onde ele nasceria e como o reconheceriam. Todos os indicadores estavam ali, da forma mais clara possível. Agora, Jesus estava ali no meio deles, e as pessoas, especialmente os líderes religiosos, não conseguiam reconhecê-lo. Não só deixaram de reconhecê-lo, mas foram exatamente eles que conspiraram para crucificá-lo.
“Você quer dizer que os líderes religiosos nunca reconheceram o Salvador, mesmo quando esteve no meio deles?” Meu coração começou a ficar agitado com isso. Deus lembrou-me que haverá um momento no tempo quando Cristo voltará. E eu pergunto a você: “Está próxima a vinda de Jesus?” Você vai dizer: “Não sei”. Você deveria saber, porque a Escritura nos mostra como podemos saber.
 Em Mateus 24, Jesus menciona uma série de acontecimentos que indicam se estamos próximos da volta definitiva do Senhor, quando não haverá mais tempo e entraremos na eternidade. Os discípulos lhe perguntaram: “Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?” No restante do capítulo, Jesus descreveu como se pode saber quando a sua vinda está próxima. Eis algumas coisas que ele deu como indicadores:
1)      Haverá terremotos. O mundo tem experimentado terremotos? Sim, de fato tem havido, com grande perda de vida.
2)      Haverá pestes. Pense no vírus H1N1 e HIV (AIDS) alastrando-se pela Terra mais do que em qualquer época na história.
3)      Jesus disse que logo antes de sua volta haveria muita tribulação, como nunca houve desde o início do tempo até aquela hora, a tal ponto que nenhuma carne sobreviveria se aqueles dias não fossem abreviados. Por amor dos eleitos, ele não permitirá que a tribulação se estenda muito. Penso a respeito dos nossos dias. Nunca antes, na história humana, houve um volume tão grande de terroristas com acesso a armas biológicas, armas químicas e, talvez, armas nucleares, com tanta disposição de utilizá-las. Caso haja algumas reações em cadeia, nenhuma carne sobreviverá. Minha mente volta para Mateus 24. Estamos já nos dias da volta de Cristo?
4)      Jesus deu mais um indicador para saber se sua volta está próxima. Ele disse que logo antes da sua vinda, o Evangelho deste Reino seria pregado para todas as nações, para todos os grupos étnicos ainda não alcançados (v.14). Há um ano e meio, em Atlanta, EUA, houve uma reunião de todas as agências responsáveis por missões nos Estados Unidos. Colocaram sobre a mesa a lista de todos os grupos étnicos do seu conhecimento que ainda não foram alcançados pelo Evangelho. E disseram: “Não sairemos desta sala até que a responsabilidade de levar o Evangelho para cada um desses grupos não alcançados tenha sido aceita por uma ou mais missões aqui presentes”. Minha mente vai para Mateus 24. Logo antes da vinda definitiva do Senhor, o Evangelho deste Reino será pregado a todas as nações.
Os líderes religiosos da época da primeira vinda de Cristo tinham as Escrituras que indicavam claramente como poderiam reconhecê-lo, mas o ignoraram. Nós, também, temos as Escrituras que mostram claramente como podemos saber quando a volta do nosso Senhor está próxima. Como isso está regendo sua maneira de viver? Como está tomando suas decisões?
Preciso perguntar a mim mesmo: “Henry, será que alguém, ao observá-lo, é capaz de perceber que você acredita que possa estar vivo quando Jesus voltar? E essa pessoa o verá fazendo o quê? O que ela descobrirá sobre a forma como você dirige sua vida?” Preciso ficar muito sério diante de Deus porque estou convencido, pessoalmente, de que, de acordo com os textos que acabamos de ver, posso muito bem estar vivo na volta definitiva do Senhor. Estou regendo minha vida de acordo com esse pensamento.
As pessoas comentam: “Henry, sua esposa diz que a única coisa em que você fracassou foi em aposentar-se. Como pode continuar em tanta atividade, na sua idade?” Minha resposta é que creio que a vinda do meu Senhor está próxima, e quero que ele me encontre ativamente envolvido em levar o Evangelho para onde é mais necessário.

A Seriedade do Juízo Final
Nosso Senhor queria mostrar a importância da hora nesta passagem de Lucas 12 quando disse que seus ouvintes não discerniam a época em que viviam (v.56). Era como se tivesse dito: “Vocês sabem o que significa ir para a eternidade sem um relacionamento verdadeiro com o meu Pai celestial?” A Bíblia oferece algumas figuras disso. Uma delas é de pessoas em trevas exteriores para sempre, em que nunca mais verão luz de qualquer espécie (veja Mt 8.12).
Você acha que Jesus ficava preocupado com isso? De fato, ficava! Ele contou uma parábola a respeito de um homem rico e Lázaro. O homem rico estava no inferno e clamou: “manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua”. E a resposta do céu foi de que isso seria impossível porque “está posto um grande abismo” entre o céu e o inferno, e ninguém pode passar de um lado para outro (Lc 16.19-31).
Jesus conhecia muito bem a seriedade do que estava falando. Ele estava no meio deles como o Salvador do mundo, dizendo-lhes: “Vocês não reconhecem a época em que estão vivendo”. De igual modo, preciso perguntar a mim mesmo: “Será que eu reconheço a época em que eu estou vivendo? Será que eu reconheço a atividade de Deus?” A presença do Cristo vivo era a atividade de Deus em favor daquela geração. Será que eu reconheço a atividade de Deus na minha geração? Que resposta estou dando?

O Misericordioso Juízo Corretivo de Deus
Reconhecer a atividade de Deus deveria fazer uma diferença radical na nossa maneira de viver. Na Bíblia, tenho observado que Deus geralmente não traz juízo final em um golpe único e repentino. Pelo contrário, o juízo divino vem de forma progressiva, por meio do que podemos chamar de juízos corretivos. Ele manda juízo numa determinada medida e, então, observa para ver como seu povo reage. Será que reconhecerá a ação de Deus? Será que se arrependerá, orará e corresponderá a Deus?
Acredito que os Estados Unidos estão sofrendo exatamente esse tipo de tratamento divino. O pecado dessa nação chegou a um nível aterrador de intensidade. Apesar de ter sido tremendamente abençoado por Deus, o povo tem afastado dele o coração. Então ele permitiu os ataques de 11 de Setembro, a destruição das Torres Gêmeas na cidade de Nova York. Deus poderia ter evitado aquilo, mas ele permitiu, e, por algum tempo, seu povo orou fervorosamente. Só que depois voltamos a nos esquecer dele. Então, ele enviou outra medida de juízo, chamada Katrina. Ele permitiu que esse furacão viesse sobre uma das cidades mais pecaminosas da nação, com muita destruição. Por algum tempo, o povo de Deus orou fervorosamente, mas depois se acomodou novamente. Em seguida, Deus tratou com uma das grandes idolatrias do seu povo – a economia. Ao invés de depender do Senhor para buscar recursos, temos nos voltado para Wall Street, para nossa capacidade financeira; por isso, ele permitiu um profundo abalo na economia.
Enquanto isso, Deus está observando para ver como seu povo vai reagir. Deixe-me perguntar: “Você está consciente da época em que vive – ou seja, do momento atual da atividade de Deus? Você já conseguiu ajuntar algumas partes da atividade de Deus para se situar melhor no plano dele e ordenar sua vida em função disso? Você tem ensinado aos seus filhos a respeito dos passos progressivos de Deus para encorajá-los a liberar sua vida para ele neste momento decisivo da história? Se não encararmos com seriedade a atividade de Deus ao trazer juízos sobre a nação, o que ele terá de fazer depois para convencer-nos da seriedade da hora? Deus tem a seu dispor recursos inacreditáveis para levar seu povo ao arrependimento.
Jesus disse: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus [está perto de vocês]” (Mt 4.17). Você quer orar por avivamento? Você precisa estar preparado para a maneira que Deus pode escolher para trazê-lo. Você precisa estar preparado com uma resposta séria à atividade e presença de Deus. Na passagem de Lucas, Jesus disse: “sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu” (Lc 12.56). Em outras palavras: “Vocês sabem como determinar os sinais do tempo”. Poderíamos acrescentar: “vocês sabem ler os sinais da economia e sabem ler uma porção de outras coisas que estão acontecendo, mas será que reconhecem a sintonia exata da atividade de Deus no seu país e na sua vida? Vocês estão regendo sua vida de acordo com Deus, envolvendo-se com aquilo que ele está fazendo? Será que Deus está fazendo algo hoje no seu país? Com certeza. Você consegue reconhecê-lo? Sabe a importância de reconhecer a atividade de Deus? Está ordenando sua vida em função disso?
Muitas coisas aconteceram recentemente à minha volta, exigindo uma resposta da minha parte. Eu estava na cidade de Nova York, conversando com o Chefe da Capelania do Exército. Ele disse: “Seu livreto Experimentando Deus Dia a Dia tem sido uma influência poderosa na minha vida. Se você pudesse publicá-lo em formato pequeno, brochura, com uma capa militar, eu ficaria com 100 mil exemplares”. Nós não tínhamos recursos para isso, mas quando Deus coloca em movimento algo que ele quer que você faça, ele sempre provê tudo o que é necessário. Então, logo depois disso, de forma totalmente inédita, várias pessoas vieram falar comigo: “Estou sentindo grande encargo pelos militares, mas não sei o que fazer”. Então, eu respondia: “Eu tenho uma palavra exata para você! Você pode nos ajudar a publicar Experimentando Deus Dia a Dia para os militares”.
Até agora, já publicamos 250 mil exemplares e os enviamos para a capelania no Iraque, no Afeganistão e para muitos outros lugares ao redor do mundo e da nação. Há pouco tempo, vi uma fotografia do Iraque que mostrava duas fileiras de soldados em uniforme militar, e todos eles estavam com exemplares desse livro em suas mãos. Pensei: Como Deus é maravilhoso em permitir que fizéssemos parte daquilo que ele está fazendo! Assim que você o obedece, os recursos estarão presentes e a capacidade de executar suas ordens também.

O Que Deus Está Dizendo Para Você?
O que Deus vem revelando no decorrer de sua vida? Você tem servido a ele por muitos anos. Tudo o que ele tem feito em sua vida está convergindo para este momento, e ele não quer desperdiçar toda essa preparação.
Eu costumo falar a respeito de marcadores espirituais. Deus se encontra com você, ao longo dos anos, de maneiras muito significativas, afetando profundamente o resto da sua vida. Ele usa esses encontros para estabelecer o que chamo de marcadores espirituais. Você precisa aprender a registrar esses marcadores, porque hoje ou amanhã você pode ser confrontado com uma decisão significativa em que terá duas ou três opções. Todas elas podem ser viáveis.
O que fazer? Olhe para os marcadores espirituais que Deus já estabeleceu, porque ele não se daria ao trabalho de conduzir você numa determinada direção, para depois enviá-lo numa tangente contrária. Das três escolhas diante de você, qual delas está na sequência mais lógica daquilo que ele já fez em sua vida? Observe atentamente os marcadores, analise as opções e escolha aquela que dará continuidade ao que Deus já vem fazendo.
Em João 16, Jesus estava conversando com seus discípulos sobre a vinda do Espírito. Em síntese, explicou-lhes o seguinte: “Tenho muitas coisas para lhes dizer, mas vocês não as suportariam agora. Quando o Espírito da verdade vier, porém, ele os guiará a toda a verdade. Ele não falará de sua própria autoridade, mas transmitirá tudo o que ele ouvir e contará a vocês sobre as coisas que ainda virão. Ele lhes contará o que o Pai está fazendo na Terra e o que ele quer fazer em sua vida”.
O que Deus quer fazer na sua vida? O que ele está planejando com as circunstâncias e acontecimentos recentes? A pergunta dele para você hoje é a mesma que fez ao povo daquela época: “Você compreende a época em que está vivendo?” Você conhece a economia e conhece o tempo, mas será que conhece a época em que vive? Conhece a atividade de Deus? Ele está agindo poderosamente à sua volta. Você consegue reconhecer sua atividade? Reconhece que sua atividade é quase sempre um convite para que se junte a ele? Você terá de fazer alguns grandes ajustes na sua vida. Você não pode continuar no seu barco de pesca e experimentar o Reino dos céus ao mesmo tempo.
Senhor, vou abandonar o que tenho sido e o que tenho feito e deixar que tu faças aquilo que quiseres fazer por meio da minha vida. Tu estás envolvido em atividades específicas, e quero que saibas que neste momento eu dobro meus joelhos diante de ti para afirmar que não vou continuar na minha atividade particular. Quero ir contigo para onde quiseres me levar, seja o que for que tiveres planejado. Quero que a minha vida faça uma diferença. Entrego aqui a minha vida para o teu propósito eterno; deixarei que me guies e me dirijas e te obedecerei imediatamente.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

CERTEZA QUE CONSOLA

Certeza Que Consola
Esta mensagem lembra muito as palavras do salmista: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.26). Quando João Batista recebeu no cárcere a confirmação de que Jesus Cristo era realmente o Messias aguardado, teve condições de esperar sua execução sem se desesperar, com o coração consolado.

Em Mateus 11.2-3 lemos: “Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?”

João Batista, cuja vida apontava para a vinda do Salvador, e, como mensageiro do Messias, tinha a incumbência de preparar o povo de Israel para receber o Ungido, estava preso num cárcere. Nessa aflição, enviou dois de seus discípulos a Jesus com a pergunta: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” De repente, o coração de João começou a ser assaltado por dúvidas: esse Jesus era de fato o Messias ou eles deveriam esperar outro? Por que ele começou a duvidar?

Quando viu que Jesus não libertava os judeus do jugo romano, e quando foi lançado no cárcere e esperava por sua execução, João Batista começou a duvidar da identidade de Jesus.
Quando ainda batizava no Jordão e Jesus veio ter com ele,  João testemunhou com toda a clareza e com certeza inabalável: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29b). “...eu, de fato, vi e tenho testificado que ele (Jesus) é o filho de Deus” (v.34). Dois versículos adiante está escrito: “e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!” (v.36). 

João não apenas cria em Jesus mas estava plenamente convicto de que esse Jesus era o Messias, o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus – sem duvidar e sem vacilar!

Esperanças não-cumpridas...

...vêm acompanhadas de dúvidas. O que João Batista esperava de Jesus? Ele, os discípulos e todo o povo de Israel esperavam o Messias chegando com poder e glória, libertando Israel do jugo dos romanos e estabelecendo o prometido reino messiânico. Mas essa expectativa não estava se concretizando naqueles dias. Ao invés de experimentar triunfo, alegria e regozijo, João Batista foi preso, jogado no cárcere, subjugado e humilhado. Por isso, em sua aflição e em suas dúvidas cruéis, João enviou dois de seus discípulos a Jesus para perguntar se Ele era o Messias prometido.

Seja como for, João dirigiu suas perguntas à pessoa certa. Ele sabia que somente Jesus poderia fornecer uma resposta confiável às dúvidas que assaltavam seu coração, dando nova perspectiva à sua situação nada satisfatória.

Uma resposta maravilhosa e miraculosa

Quando os dois discípulos, por ordem de João Batista, perguntaram se Jesus era o Messias prometido ou se deveriam esperar outro, Ele lhes respondeu: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mt 11.4-6).

Essa era uma resposta que esclarecia e elucidava o assunto. Mas por que ela foi tão minuciosa e tão bem explicada? Será que Jesus não poderia ter respondido com palavras mais breves e mais simples? Por que Ele não disse simplesmente aos enviados: “Digam a João: sim, eu sou o Messias!” Se Jesus tivesse respondido dessa forma, certamente João teria ficado satisfeito naquele momento.

Mas depois de alguns dias, com a continuidade de sua aflição pessoal, as mesmas dúvidas voltariam a assaltar sua mente: “Será que Jesus mentiu para mim? Por que continuo na prisão? O que está acontecendo? Precisamos esperar por alguém ainda maior que Jesus?” Dúvidas, perguntas, questionamentos e mais dúvidas, assim como as encontramos com freqüência em muitos casos tratados no aconselhamento bíblico. E, muitas vezes, o resultado dessas dúvidas e questionamentos é a revolta contra Jesus! Não foi por acaso que Ele acrescentou à Sua resposta: “E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”.

Jesus respondeu de maneira bem diferente do que nós responderíamos e do que esperaríamos dEle. Sua resposta consistiu menos de palavras do que de obras. Ele mandou os discípulos olhar e ver o que estava acontecendo. Jesus também relacionou o que disse às declarações do profeta Isaías. Este havia profetizado que o Servo do Senhor, o Messias, iria pregar boas-novas e curar os quebrantados, sarar os cegos e os surdos e proclamar libertação aos cativos (Is 42.6-7,18; Is 61.1-2).

Os dois discípulos de João viram todas essas coisas acontecendo diante de seus olhos. Mencionando tudo isso, Jesus deixou claro para João que Ele representava tudo o que havia sido profetizado acerca do Messias.
O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos? Quais as suas dúvidas? O que deixa você insatisfeito?

Certeza e confiança através do cumprimento da profecia bíblica

A resposta de Jesus não foi uma declaração apenas de lábios, não foi um simples sim ou não. Sua resposta estava embasada em fatos incontestáveis, fatos que permitiam a verificação de Sua reivindicação de ser o Messias. Essa resposta representava mais do que milhares de respostas afirmativas:“Sim! Eu sou o Messias!” Agora João tinha certeza absoluta de que esse Jesus era realmente o Filho do Deus vivo e que ele não precisava esperar por mais ninguém!

Antes de ser preso, ele tinha clareza sobre o fato de Jesus ser o Cordeiro de Deus que levaria o pecado do mundo. Mas quando viu que Jesus não libertava os judeus do jugo romano, e quando ele mesmo foi lançado no cárcere e esperava por sua execução, começou a duvidar da identidade de Jesus. Através da resposta dEle, trazida por seus discípulos, foi reconduzido à sua certeza inicial de que Jesus, e nenhum outro, era o Messias.

Mesmo que suas expectativas não tivessem se concretizado, mesmo que sua situação pessoal não tivesse mudado e até piorado, João não se irou contra Deus nem se revoltou contra o Senhor. Ele estava na prisão e não sabia o que lhe traria o dia de amanhã. Sua incerteza em relação ao futuro continuava a mesma, mas apesar disso ele tinha condições de continuar calmo e tranqüilo. Como isso foi possível? 

Mesmo que a aflição fosse a mesma, a legítima Palavra de Deus vinda da boca de Jesus lhe concedeu força e consolo, esperança e certeza! Agora ele podia viver na convicção de que Jesus era o Messias e que a Palavra de Deus se cumpre – sempre! Diante dessa convicção nascida na fé, todos os outros assuntos perderam sua importância, e João conseguiu colocar todas as questões pessoais em segundo plano. Prisão ou palácio, riqueza ou pobreza, agora apenas uma coisa contava: somente Jesus!

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições”.
Quais são as nossas expectativas? Qual a nossa esperança? O que nós aguardamos? Talvez você esteja decepcionado porque o Arrebatamento ainda não aconteceu. Você fica irado com Jesus porque continua desempregado? O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos? Quais as suas dúvidas? 

O que deixa você insatisfeito? Jesus diz que bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”. Certamente nós também temos muitas razões para estarmos satisfeitos, tranqüilos e consolados, para sermos gratos. Paulo escreveu palavras cheias de consolo aos cristãos em Filipos enquanto estava na prisão, não a partir de um palácio em Roma. 

Essas palavras até hoje trazem conforto e alento renovado também a nós, que seguimos o Cordeiro – a cada um de nós pessoalmente, independentemente das condições em que vivemos e do que estejamos passando: Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.4-7).

Deveríamos confortar e estimular uns aos outros continuamente com essas afirmações, assim como João se alegrou sobremaneira com as palavras que Jesus mandou dizer-lhe! Jesus é o Filho de Deus, Ele cuida de nós, a Palavra se cumpre e Cristo voltará como prometeu (Jo 14.2-3; veja 1 Ts 4.16-18). Até que estejamos para sempre na glória com Ele, pratiquemos o que está escrito em Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições...” 

Então “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” guardará nossos corações e nossas mentes “em Cristo Jesus” (v. 7). 

(Thomas Lieth - http://www.chamada.com.br)
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, abril de 2006.

O QUE A BÍBLIA ENSINA QUE VAI ACONTECER NO FUTURO!

O Que a Bíblia Ensina Que Vai Acontecer no Futuro?

O que é o arrebatamento?

A doutrina do arrebatamento pré-tribulacional é um ensinamento bíblico importante não só porque dá percepção quanto ao futuro, mas porque dá aos crentes uma motivação importante para uma vida contemporânea piedosa. O pré-tribulacionismo ensina que antes da tribulação, todos os membros do corpo de Cristo (vivos e mortos) serão levados nos ares para encontrar a Cristo e depois subirem ao céu.[1] 
 
O ensino sobre o arrebatamento é apresentado mais claramente em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Nessa passagem Paulo informa aos seus leitores que os crentes vivos na época do arrebatamento se reunirão com os que morreram em Cristo antes deles. “Depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor” (versículo 17). 

A palavra “arrebatados” traduz o verbo grego harpázo, que significa “tirar com força” ou “arrancar.” As traduções em latim do Novo Testamento usavam a palavra raptare, que significa “arrebatar”, “arrastar”, e é a origem da palavra portuguesa “raptar”. Outras passagens que ensinam o arrebatamento usando termos diferentes incluem: João 14.3; 1 Coríntios 15.51,52; 1 Tessalonicenses 1.10; 2 Tessalonicenses 2.1; Tito 2.13; Tiago 5.7,8; e 1 Pedro 1.13.

Quando acontecerá o arrebatamento?

Acreditamos que o arrebatamento pode acontecer a qualquer momento. Trata-se de um evento sem sinais e não precisa acontecer nada na história antes dele. O arrebatamento poderia ter acontecido a qualquer hora desde o primeiro século e sua ausência na história durante os últimos 2000 anos certamente nos aproxima mais dele.

O que é a doutrina da iminência?

Acreditamos que o arrebatamento pode acontecer a qualquer momento. Trata-se de um evento sem sinais e não precisa acontecer nada na história antes dele.

A doutrina da iminência é o ensinamento de que Jesus Cristo pode voltar e arrebatar a Igreja a qualquer momento, sem sinais ou aviso prévio. O Dr. Renald Showers define e descreve iminência da seguinte forma:
  1. Um evento iminente é aquele que “ameaça acontecer breve; que está sobranceiro; que está em via de efetivação imediata; impendente.” Então, iminência tem o sentido de que algo pode acontecer a qualquer momento. Outras coisas podem acontecer antes do evento iminente, mas nada mais precisa acontecer antes dele. Se alguma outra coisa precisa acontecer antes que um evento possa acontecer, este evento não é iminente. Em outras palavras, a necessidade de outra coisa acontecer primeiro destrói o conceito de iminência.
  2. Já que não se sabe exatamente quando um evento iminente acontecerá, não se pode esperar que um determinado espaço de tempo passe antes do evento iminente acontecer. Logo, devemos estar sempre preparados para que ele aconteça a qualquer momento.
  3. Não se pode marcar ou implicar legitimamente uma data para seu acontecimento. Logo que alguém marca a data para um evento iminente ele destrói seu conceito de iminência, porque assim está dizendo que um determinado espaço de tempo deve transcorrer para que este evento aconteça. Marcar uma data específica para um evento é contrário ao conceito de que ele pode acontecer a qualquer momento.
  4. Não se pode dizer legitimamente que um evento iminente acontecerá em breve. A expressão “em breve” implica que um evento tem que acontecer “dentro de curto tempo (após um determinado período de tempo especificado ou sugerido).” Em comparação, um evento iminente pode acontecer em breve, mas não tem que acontecer para ser iminente. Espero que entendam agora que “iminente” não é o mesmo que “em breve.”[2]
Várias passagens do Novo Testamento ensinam a iminência. Entre as mais citadas estão : 1 Coríntios 1.7; 16.22; Tito 2.13; Hebreus 9.28; Tiago 5.7-9; Judas 21; Apocalipse 3.11; 22.7,12,17,20.

O que acontecerá depois do arrebatamento?

Depois que Jesus Cristo arrebatar a Igreja, haverá aqui na terra um período de sete anos conhecido como tribulação. É durante este período que o anticristo surgirá. Será possível marcar datas neste período de tempo futuro porque a Bíblia dá indicações de tempo precisas em termos de anos, meses, e dias. Isso não tem nada a ver com a atual era da Igreja. No fim dos sete anos, Jesus Cristo voltará à terra e estabelecerá o reino de 1000 anos (o reino milenar), a partir da Sua capital Jerusalém. No fim deste período haverá um julgamento final, seguido do estado eterno.[3]

O que é a tribulação?

Como foi dito antes, a tribulação é o período de sete anos que segue o arrebatamento.
Depois que Jesus Cristo arrebatar a Igreja, haverá aqui na terra um período de sete anos conhecido como tribulação.

As “70 semanas” de Daniel, profetizadas em Daniel 9.24-27, são o referencial em que a tribulação ou a septuagésima semana acontece.[4] A “semana” a respeito da qual Daniel escreve é interpretada pela maioria dos estudiosos de profecia como sendo uma “semana de anos”, ou seja, sete anos. Estes anos seguem o intervalo das “sete semanas e sessenta e duas semanas” de Daniel 9.25.

A septuagésima semana de Daniel indica um intervalo de tempo ao qual está relacionada uma série de frases descritivas. Alguns destes termos bíblicos incluem: tribulação, grande tribulação, dia do Senhor, dia da ira, dia da aflição, dia da angústia, dia da angústia de Jacó, dia de escuridão e tristeza, e ira do Cordeiro.

A tribulação é dividida em dois segmentos de três anos e meio e o principal propósito de Deus para ela é que seja um tempo de juízo. Ao mesmo tempo, a graça do evangelho será proclamada e finalmente seguida pelo reinado de 1000 anos de Cristo.

O que é a segunda vinda?

A segunda vinda de Cristo segue o arrebatamento e a tribulação. É o retorno de Cristo que encerra a tribulação. Quando Cristo voltar, o anticristo e seus exércitos serão destruídos e haverá um período de julgamento (Apocalipse 19.20,21). A segunda vinda precede imediatamente a prisão de Satanás (Apocalipse 20.1-3) e a inauguração do reino milenar. A segunda vinda é ensinada por toda a Bíblia. Entre as passagens mais importantes estão Mateus 24.27-30 e Apocalipse 19.11-16.

Qual a diferença entre a segunda vinda e o arrebatamento?

O arrebatamento e a segunda vinda são dois eventos distintos e separados pela tribulação. Um fator importante é entender o ensino do Novo Testamento de que o arrebatamento pré-tribulacional se baseia no fato de que duas vindas futuras de Cristo são apresentadas. A primeira vinda é o arrebatamento da Igreja entre as nuvens antes da tribulação, ao passo que a segunda vinda acontece no final da tribulação quando Cristo voltar à terra para começar Seu reinado de 1000 anos. 

Quem quiser entender o ensino bíblico do arrebatamento e da segunda vinda deve estudar e decidir se as Escrituras falam sobre um ou dois eventos futuros. Nós acreditamos que uma consideração sistemática de todas as passagens bíblicas revela que as Escrituras ensinam duas vindas futuras.

O arrebatamento é apresentado claramente em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Ele é caracterizado na Bíblia como uma “vinda acompanhada de um traslado” (1 Coríntios 15.51,52; 1 Tessalonicenses 4.15-17) em que Cristo vem para Sua Igreja. A segunda vinda é Cristo voltando com os Seus santos, descendo do céu para estabelecer Seu reino terreno (Zacarias 14.4,5; Mateus 24.27-31).

As diferenças entre os dois eventos são harmonizadas naturalmente pela posição pré-tribulacionista, enquanto outras posições não conseguem explicar adequadamente essas diferenças.[5]

O que são o milênio e o estado eterno?

O milênio é a doutrina bíblica e o conceito teológico do reinado de 1000 anos de Jesus Cristo na terra. O reino milenar será um reino terreno em que Cristo reinará a partir de Jerusalém e em que todos os detalhes da “promessa da terra” feita a Abraão (Gênesis 12.7) serão cumpridos (Ezequiel 47-48). O fato do reino ser terreno pode ser visto em passagens tais como Isaías 11 e Zacarias 14.9-21. Outras passagens detalhadas incluem: Salmo 2.6-9; Isaías 65.18-23; Jeremias 31.12-14, 31-37; Ezequiel 34.25-29; 37.1-6; 40-48; Daniel 2.35; 7.13,14; Joel 2.21-27; Amós 9.13,14; Miquéias 4.1-7; e Sofonias 3.9-20.
 
O Novo Testamento também dá testemunho importante deste reino futuro na medida em que dá continuidade à visão vétero-testamentária de um reino milenar futuro. É o reino milenar de que Jesus falou durante a ceia de páscoa antes de ser traído e crucificado:

“A seguir tomou o cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai” (Mateus 26.27-29; veja também Marcos 14.25; Lucas 22.18).
O reino milenar será um reino terreno em que Cristo reinará a partir de Jerusalém e em que todos os detalhes da “promessa da terra” feita a Abraão serão cumpridos.

A passagem mais extensa do Novo Testamento relativa ao milênio é Apocalipse 20, em que João descreve uma seqüência cronológica: a prisão, a rebelião, e o julgamento de Satanás no milênio. Em Apocalipse 20.2-7 aparece seis vezes o número 1000, enfatizando a duração do reinado terreno de Cristo. Apesar de Apocalipse 20 ser o único lugar na Bíblia onde a duração exata do reinado de Cristo é mencionada, o reino em si é mencionado e descrito dezenas de vezes em toda a Bíblia (por exemplo, Isaías 60; 62; 65.17-66.24; Jeremias 31; Ezequiel 40-48; Daniel 2.44,45; 7.27; 12.1,2; Zacarias 14.8-21).
O reino futuro de Deus terá duas fases diferentes, o milênio e o estado eterno. Mas a grande ênfase da Bíblia está no reinado de 1000 anos de Cristo no Seu governo futuro conhecido como milênio. O milênio é uma realidade bíblica que ainda será concretizada.

No fim do milênio haverá um julgamento final, conhecido como o “julgamento do grande trono branco”, dos descrentes mortos que ressuscitarão naquela ocasião (Apocalipse 20.11-15). Os descrentes serão lançados no lago de fogo e os crentes entrarão para o estado eterno descrito em Apocalipse 21-22.

Como os eventos atuais se relacionam com a profecia?

Hoje, o mundo é um cenário sendo montado para a apresentação de um grande drama. Quais preparativos já foram feitos?
O Dr. John Walvoord descreve e resume a atual situação da montagem do cenário:
Todos os eventos históricos necessários já aconteceram. A tendência a um governo mundial, iniciada com as Nações Unidas em 1946, está preparando o caminho para o governo do fim dos tempos. O movimento da igreja mundial, formalizado em 1948, está preparando o caminho para uma super-igreja que dominará o cenário religioso depois que a verdadeira Igreja for arrebatada. O espiritismo, o ocultismo, e a crença em demônios continuará a se espalhar. O comunismo, apesar de sua filosofia ateísta,... [preparou] o mundo para uma forma final de religião mundial que exige a adoração de um ditador totalitário.

Israel e as nações do mundo estão sendo preparadas para o drama final. Mais importante ainda é que Israel está de volta à sua terra, organizado como um Estado político, e ansioso em realizar seu papel nos eventos do fim dos tempos...
A Rússia está preparada ao norte da Terra Santa para entrar no conflito do fim dos tempos. O Egito e outros países africanos não abandonaram seu desejo de atacar Israel a partir do sul. A China Vermelha no leste já possui hoje um poder militar forte o suficiente para enviar um exército tão grande quanto o descrito no livro de Apocalipse. Todas as nações estão preparadas para desempenhar o seu papel nas horas finais da história.

Nosso mundo atual está bem preparado para o começo do último ato profético que levará ao Armagedom. Uma vez que o cenário está montado para este clímax dramático dos tempos, a vinda de Cristo para os Seus deve estar muito próxima. Se já houve uma hora em que os homens deveriam considerar seu relacionamento pessoal com Jesus Cristo, este momento é hoje. Deus está dizendo a esta geração: Preparem-se para a vinda do Senhor.”[6]
Nosso mundo atual está bem preparado para o começo do último ato profético que levará ao Armagedom.

Lembre-se de que apesar do cenário estar montado e continuar pronto para o acontecimento dos eventos da tribulação, não há nada que precise acontecer antes do arrebatamento da Igreja. Apesar do arrebatamento não ter sinais e poder acontecer a qualquer momento, os vários eventos da tribulação devem acontecer antes que a segunda vinda de Cristo ao planeta Terra possa ocorrer. Quando examinamos os eventos mundiais e a história recente, vemos muitas indicações de que as coisas estão chegando a uma conclusão. O Dr. Charles Dyer observa:
A cortina ainda não se abriu para o último ato do drama divino para a era atual. As luzes do teatro estão baixas, mas ainda assim podemos perceber movimentos atrás da cortina. Deus está colocando o cenário no seu lugar e deixando que os atores tomem as suas posições no palco mundial. Quando tudo estiver pronto, Deus permitirá a abertura da cortina.
Ao avaliarmos eventos mundiais contemporâneos, queremos entender que papel eles podem ter na montagem do cenário para os eventos profetizados na Bíblia. Ao mesmo tempo devemos lembrar que, enquanto o mundo continua a mudar, só Deus conhece o futuro. Devemos avaliar eventos atuais à luz da Bíblia, e não ao contrário. Precisamos conhecer e compreender as profecias da Bíblia para discernir melhor o papel dos atuais eventos mundiais.[7]
Entender os eventos mundiais e as profecias bíblicas corretamente significa equilibrar a tensão entre os dois em nossas vidas diárias. O Dr. Ed Hindson escreve sobre essa tensão:
Cada um de nós planeja sua vida como se ainda fosse viver muitos anos. Temos responsabilidades com nossas famílias, com nossos filhos e netos, e com outras pessoas à nossa volta. Mas também devemos viver como se Jesus viesse a qualquer momento. É difícil para os descrentes entender a abordagem equilibrada que devemos ter do futuro. Nós crentes não tememos o futuro porque acreditamos que Deus o controla. Mas ao mesmo tempo, não o vemos com otimismo desenfreado.[8]
Devemos estar sempre preparados para o amanhã, reconhecendo que, em última análise, é Deus, e não indivíduos, quem controla o futuro.
Temos responsabilidades com nossas famílias, com nossos filhos e netos, e com outras pessoas à nossa volta. Mas também devemos viver como se Jesus viesse a qualquer momento.

Existem salvaguardas contra a marcação de datas?

Talvez a maneira mais simples é lembrar o slogan que dizemos à nossa sociedade sobre abuso de drogas: “Simplesmente diga não!” As palavras de Jesus são claras; marcar datas não é parte do estudo da profecia. A melhor maneira de evitarmos isso em nossos estudos é através de um método de interpretação gramatical, histórica e contextual coerente, conhecido como interpretação literal. Já que o texto das Escrituras proíbe marcar datas, e sabemos que não há significados ocultos a serem descobertos através de uma abordagem interpretativa esotérica, concluímos que à medida em que estudarmos as Escrituras não encontraremos uma abordagem que nos leve a marcar datas.

Devemos sempre observar os eventos atuais (e todos os aspectos das nossas vidas) através das lentes das Escrituras. A Bíblia interpreta as notícias; as notícias não interpretam a Bíblia. A volta de Jesus Cristo é nossa esperança – não a hora da Sua volta. Não devemos ser como a criança numa viagem de carro que fica perguntando a seu pai a toda hora, “Está perto, pai?” Ou, “Falta muito?” Como o pai dirigindo o carro, sabemos que estamos nos aproximando, mas não podemos dizer com certeza quão perto estamos. 

(Thomas Ice e Timothy Demy - http://www.chamada.com.br)

Notas

  1. Veja nesta mesma série, Thomas Ice e Timothy Demy, A Verdade Sobre o Arrebatamento (Porto Alegre: Actual Edições, 1999)
  2. Renald Showers, Maranatha: Our Lord Come! (Bellmawr, NJ: The Friends of Israel Gospel Ministry, 1995), pp. 127-28.
  3. Veja nesta mesma série, Thomas Ice e Timothy Demy, A Verdade Sobre a Tribulação e A Verdade Sobre o Milênio (Porto Alegre: Actual Edições, 1999).
  4. Uma das discussões mais interessantes e extensas da cronologia das setenta semanas encontra-se em Harold W. Hoehner, Chronological Aspects of the Life of Christ (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1977), pp. 115-39.
  5. Para um tratamento mais extenso, veja Ice e Demy, A Verdade Sobre o Arrebatamento (Porto Alegre: Actual Edições, 1999)
  6. Walvoord, Armageddon, pp. 227-28.
  7. Charles H. Dyer, World News and Bible Prophecy (Wheaton, IL: Tyndale House Publishers, 1993), p. 7.
  8. Ed Hindson, Final Signs (Eugene, OR: Harvest House Publishers, 1996), p. 176.